Marcação errada na cédula de votação, rasura ou votação em mais de um candidato na mesma cédula foram algumas das irregularidades que culminaram com a anulação do voto na eleição para os conselheiros tutelares de Unaí. Se o voto nulo fosse "candidato", ocuparia a terceira colocação entre os cinco mais votados. Foram 363 votos nulos numa eleição que contou com a presença total de 4.367 eleitores unaienses. Foram três votos brancos. A votação foi feita em cédula de papel que trazia o nome e número dos 20 concorrentes. A cédula eleitoral foi confeccionada de acordo com padrão estabelecido pelo Governo de Minas e foi a adotada em todos os municípios onde houve eleição para conselheiros tutelares nesse domingo (6/10). Desde a chegada das urnas, passando pela votação e culminando na apuração dos votos, tudo foi acompanhado de perto pela Comissão Organizadora da eleição, presidentes e mesários que atuaram nas seções eleitorais, pelos fiscais dos candidatos e pelo Ministério Público Estadual.
"Foram vários os questionamentos dos fiscais dos candidatos sobre a nulidade dos votos", revela o presidente da comissão organizadora do certame, Matheus Fernandes Gonçalves. Ele explicou que todas as reclamações e dúvidas eram resolvidas no momento exato do questionamento dos fiscais. "Foi tudo feito com a maior lisura e transparência possível", disse Matheus, lembrando que a apuração dos votos foi acompanhada de perto por 15 fiscais (credenciados representando os candidatos), pela comissão organizadora, por quatro (ou três) integrantes de cada mesa eleitoral e pelo representante do Ministério Público.
O trabalho
O trabalho, porém, começou bem antes da apuração dos votos, iniciada às 18h. Para muitos servidores, o serviço se iniciou às 5h30, para as 8h estar tudo pronto nas cinco unidades eleitorais onde ocorreria a votação. Às 8h, presidentes e mesários já estavam a postos, para receber os eleitores, que tiveram até as 17h para votar. No período das 5h30 até as 23h, cerca de 90 servidores trabalharam, para que tudo saísse conforme o planejado. "Quero agradecer a toda a equipe que trabalhou, todos desempenharam um papel fundamental, com muita calma, tranquilidade e, sobretudo, com muita transparência", comemorou Matheus.
"A lisura e a transparência" foram muito ressaltadas pelo coordenador para se referir a todo o processo de escolha dos conselheiros tutelares, movimentação que começou no mês de abril e só terminará no dia 10 de janeiro, com a posse dos eleitos. Matheus reconhece que o Ministério Público foi fundamental para conferir legitimidade às ações da comissão organizadora, acompanhando atentamente esse processo. O promotor de Justiça Alysson Cardozo Cembranel foi quem acompanhou a movimentação desse domingo de eleição em Unaí, desde a votação até a apuração final.
Gráfico com resultado final da eleição
Secretária municipal de Desenvolvimento Social, Cláudia de Oliveira, com o promotor de justiça
Alysson Cardozo Cembranel e o presidente da Comissão Organizadora do Processo de
Escolha dos Conselheiros Tutelares de Unaí, Matheus Gonçalves, nos momentos finais
da apuração dos votos da eleição desse domingo