Janeiro Roxo – Infectologista do Same Unaí aborda métodos diagnósticos de hanseníase em palestra para profissionais de saúde do Noroeste

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“O objetivo é difundir conhecimento, para que o profissional de saúde ou equipe multidisciplinar tenham maior capacidade de diagnosticar a doença”. A explicação é do médico Luís Gustavo Santos, profissional do Same (Serviço de Atendimento Médico Especializado) – órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde – e referência em infectologia para a toda região. Dr. Luís Gustavo ministrou palestra, preparada para médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e agentes de saúde de Unaí e municípios do noroeste.


Ao ser indagado sobre o teor do material que apresentou, ele conta que preparou a palestra, “o mais geral possível”, na tentativa de que os profissionais presentes pudessem pegar as informações e aplicá-las nos diagnósticos de detecção da hanseníase.


Quando se trata de hanseníase, segundo o infectologista, o mais difícil é o diagnóstico da doença. “Porque o tratamento não difere. Não tem tanta variável. Somente o médico prescreve. Agora, o diagnóstico não. O fisioterapeuta ou agente de saúde que estiverem atendendo um paciente, ao depararem com uma mancha suspeita no corpo desse paciente, podem levar o caso até o médico ou especialista, para a investigação”, explica.


Pela importância do tema, a palestra atraiu profissionais de saúde de Unaí, Uruana, Chapada Gaúcha, Bonfinópolis, Natalândia, Arinos, Formoso, Buritis e Dom Bosco. Foi realizada no auditório da Gerência Regional de Saúde, na tarde dessa quarta-feira (11/1). A iniciativa foi da própria GRS e parceiros, e integra as ações do Janeiro Roxo, mês temático para campanhas de conscientização sobre prevenção e combate à hanseníase.


DOENÇA NEGLIGENCIADA


Em entrevista, dr. Luís Gustavo contou que a hanseníase é muito negligenciada por ser uma doença endêmica em países considerados emergentes ou em desenvolvimento. Segundo ele, pelo fato de praticamente n
ão existir hanseníase em países ricos e desenvolvidos, não há investimentos em pesquisa.


“E isso acaba ficando relegado a segundo plano em termos de investigação e métodos diagnósticos mais efetivos, em medicamentos menos tóxicos. E tudo isso tem a ver com questões socioeconômicas”, avaliou, mesmo admitindo que “alguns centros no Brasil (principalmente em capitais e regiões metropolitanas) têm avançado na investigação, mas até agora não se conseguiu chegar a métodos diagnósticos mais precisos e, principalmente, mais acessíveis”.


Ele lembrou que o Brasil, a Índia e a Indonésia acumulam 74% dos casos diagnosticados de hanseníase no mundo. Todos esses países classificados como “em desenvolvimento” e com enormes contingentes populacionais.


NO POSTO DE SAÚDE (UNIDADE BÁSICA OU PSF)


A determinação é: “se o profissional da atenção primária suspeitar (uma mancha na pele do paciente, por exemplo), encaminhar para o médico (da atenção primária). E se o profissional médico sentir dificuldades no diagnóstico, encaminhar para a referência”. O Same Unaí é a referência em infectologia para todo o noroeste.


O diagnóstico precoce é o caminho para um tratamento mais eficiente e a cura mais rápida. Mas, não é o que se verifica na maioria dos casos, segundo o infectologista do Same. “Quando chega a um médico infectologista ou de referência, o paciente já está com um grau de comprometimento um pouco avançado”.


Para o dr. Luís Gustavo, é necessário sempre treinar os profissionais de saúde das unidades básicas (atenção primária) para o diagnóstico precoce, a fim de que os pacientes portadores de hanseníase não cheguem ao ponto de incapacidade física, pelo agravamento da doença ao longo do tempo.


De acordo com o médico-palestrante, “as formas mais graves da hanseníase, ou que provocam incapacidade no paciente, geralmente aparecem após os dez anos da pessoa infectada”.


Mas antes de chegar a essa fase, segundo ele, o corpo “provavelmente” dá sinais. Principalmente pelo aparecimento de manchas em variadas partes do corpo, exceto no couro cabeludo e nas axilas, áreas mais úmidas. “Friso, então, quão importante é investigar manchas que persistem na pele do paciente por três anos, ou mais”.


Se o caso for agravado a ponto de o médico de referência não conseguir lidar, o paciente é encaminhado para o Centro de Referencia Nacional em Hanseníase e Dermatologia Sanitária (Credesh), em Uberlândia-MG.


ATENÇÃO, POPULAÇÃO


Manchas, principalmente mais claras que a pele. De longa data. Não melhoram. Nessa mancha não nasce pelo e nem dá suor. Se tocar nela, não sentir a pele, isso pode ser hanseníase.


“Manchas que não sejam de nascença, ou mancha que seja igual a de um familiar que tenha hanseníase, tem um fator de risco. ‘Placas’ como se fossem manchas (mais elevadas do que a pele, só passar o dedo e perceber a elevação). Tudo isso precisa ser investigado”, observa o infectologista.


Face aos sinais expostos, é hora de procurar rapidamente um serviço de saúde, com profissionais que estejam aptos a “pelo menos” dar início à investigação. Surgimento de caroços, que também figuram entre os sinais prováveis de hanseníase, aparecem em fases mais avançadas da doença.


“A gente tem equipes de saúde muito boas nos municípios que, por lidarem com muitos casos, acabaram desenvolvendo a capacidade técnica de levantar suspeitas e encaminharem para a referência em Unaí”, revela o médico infectologista.


O Same Unaí e as unidades básicas de saúde do município estão participando do Janeiro Roxo. O Same está exibindo um banner informativo sobre a hanseníase e distribuindo material informativo para os usuários.


As unidades de saúde também afixaram cartazes e estão entregando material, que divulga informações e orientações sobre a atenção aos sinais no corpo, necessidade do diagnóstico precoce e, ante um resultado positivo, iniciar o tratamento o mais rapidamente possível.

 

Clique no link abaixo, para ler matéria sobre hanseníase em Unaí:

http://www.prefeituraunai.mg.gov.br/pmu2/index.php/secretarias/noticias/46-saude/1886-janeiro-roxo-alteracoes-na-pele-podem-ser-sinal-de-hanseniase-doenca-que-atinge-a-pele-e-os-nervos-same-unai-trata-gratuitamente-casos-diagnosticados.html

 

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