Combate à dengue – Saúde intensifica ações de educação em escolas e PSFs; crianças são os principais multiplicadores de informações

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Nas últimas quinta e sexta-feira (2 e 3 de março), as ações de educação em saúde foram desenvolvidas nas Escolas Municipal Israel Pinheiro e Estadual Maria Assunes, ambas na região dos bairros Novo Horizonte/Canaã, com irradiação para Iúna, Cidade Nova, Sagrada Família e adjacentes. Essa é a região com maior número de casos positivos de dengue registrados na Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).


Nesta semana, as ações de orientação e conscientização continuarão nas creches, escolas e nas unidades de saúde. De acordo com Marizete dos Santos, educadora em saúde da Sesau, o bate-papo principalmente com os alunos é necessário neste momento, porque o município promove uma mobilização de combate à dengue, já iniciada pelos bairros com maior quantidade de casos positivos da doença.


“Estamos orientando crianças e adolescentes a acompanharem as ações em suas casas e a pedirem aos seus pais que abracem essa mobilização. Que recebam bem os agentes e sigam certinho as orientações”, explica Marizete, observando que os principais focos de dengue continuam nos quintais das casas. E, por isso, é necessária uma limpeza diária, eliminando qualquer vestígio de água acumulada.


As orientações do Educação em Saúde e os programas de combate à dengue, desenvolvidos pelos agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias, já ocorrem durante todos os dias do ano, mas estão sendo intensificadas devido ao aumento expressivo do número de casos ocorridos principalmente no período chuvoso.


CRINÇAS SEGUEM CARTILHA


Marizete revela que o resultado do trabalho é muito positivo com as crianças alunas das séries iniciais do ensino fundamental, que são as que mais se engajam em campanhas do tipo. “Elas chegam em casa e dão o recado direitinho: ‘pai, mãe, a tia foi na escola e falou que tem de lavar a vasilhinha do cachorro, com escova, porque senão o ovinho do mosquito prega na vasilha’. Do jeito deles, falam tudo e cobram dos pais”.


Sãos as crianças menores que, segundo Marizete, querem logo fazer as ações no quintal e no lote vizinho, depois de assistirem à palestra e fazerem parte de um bate-papo com perguntas e respostas.


ADOLESCENTES QUEREM SABER MAIS


Os adolescentes (do 6º ano às séries finais do ensino médio) que participam das palestras e bate-papo na escola ampliam o tema. “Quando ouvem a gente falando de manter os quintais limpos, querem saber dos escorpiões”, revela Marizete.


Segundo ela, o momento também é propício para emendar o tema “cuidados com escorpiões” nas palestras de orientação, devido ao grande número de questionamentos dos estudantes.
“A gente explica que, quando alguém é picado por um escorpião, deve procurar rapidamente o pronto-atendimento (urgência e emergência) e não ficar em casa, usando métodos caseiros, que não resolvem nada e podem agravar a saúde, principalmente de crianças e idosos”, observa Marizete.


NOS PSFs


Nos programas de Estratégia de Saúde da Família, as orientações sobre dengue (e ataques de escorpiões) atingem um volume maior de pessoas quando aproveita as ações do Hiperdia (programa do SUS voltado para a atenção ao hipertenso e a ao diabético). Como ocorreu na última semana de fevereiro, no PSF Jacilândia, onde agentes puderam orientar “número considerável de usuários”.


As agentes de saúde dos PSFs também estão treinadas para abordar os pacientes e reforçarem as orientações de prevenção à dengue e cuidados com escorpiões.


Esses mesmos agentes passam de casa em casa pedindo a parceria do morador nas ações. Mas a Secretaria de Saúde adverte: “O agente não é obrigado a fazer limpeza nos quintais, só orientar os moradores sobre como fazer”.


DENGUE NA ÁREA RURAL


A dengue também já mostra sua cara na área rural de Unaí. Já são muitas as ocorrências. “A pessoa vem à cidade, é picada pelo mosquito e se contamina. Volta para casa, na zona rural, é picada por um mosquito lá, o mosquito é infectado, e o ciclo vai se reproduzindo. Quando fazemos a investigação, observamos que a pessoa esteve na cidade naquele período de contaminação”, revela Marizete.


Para o enfrentamento e orientações nas comunidades rurais, o setor de Educação em Saúde também entrou em ação e reuniu os agentes do PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde), que cuidam das pessoas na zona rural, a fim de mobilizarem as comunidades onde estão inseridas para ações de prevenção e combate à dengue e aos cuidados necessários com escorpiões.

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