O Banco de Alimentos de Unaí, instituído por lei pela Prefeitura em 2019 e estruturado em 2022, iniciou suas atividades em setembro último. É administrado pela Adequare Gestão de Negócios, empresa unaiense que venceu o processo licitatório em abril deste ano.

À Prefeitura, coube ceder o galpão, onde funciona a sede do Banco de Alimentos, no bairro Nova Canaã, e garantir a infraestrutura do local, o maquinário, os equipamentos e a auditoria interna do serviço, mais diretamente a cargo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania.

Na base da prestação do serviço estão as doações de alimentos feitas pela sociedade (especialmente mercados, supermercados, produtores rurais). Os alimentos doados viram complemento alimentar para famílias atendidas por órgãos públicos socioassistenciais, como os Centros de Referência de Assistência Social, as Casas Lares, a Residência Inclusiva, a Casa de Acolhida, o Hospital Municipal, o Abrigo Frei Anselmo, entre outros (lista completa no final da matéria).

Mas pessoas físicas, empresas de quaisquer segmentos e os mais diversos clubes e associações também podem ser doadores de alimentos.

Todo tipo de alimento é bem-vindo ao banco, desde as primordiais frutas, verduras e legumes, passando pelos tradicionais feijão/arroz/macarrão/óleo de cozinha, e chegando até as carnes congeladas e lácteos (como leite e iogurte).

Os alimentos recebidos serão triados, selecionados e distribuídos para as entidades beneficiárias. Tudo com aval da nutricionista responsável e com segurança alimentar.

“O que puder doar é bem-vindo. Em época de manga, por exemplo, podem doar manga para nós. Se for época de abacate, podem nos doar abacate”, explica a nutricionista Monique Martins, diretora executiva e responsável técnica pela Adequare, empresa gestora do Banco de Alimentos de Unaí (órgão da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania).

“Estamos aqui para levar um complemento alimentar às famílias assistenciadas. Nós podemos melhorar a alimentação dessas famílias, oferecendo uma maior variedade de alimentos”, afirma Monique.

DOADORES SÃO MUITO BEM-VINDOS, E BEM VISTOS

Para atender seus objetivos, o Banco de Alimentos precisa contar com os doadores. Muitos já foram orientados, como no evento realizado pela Adequare no dia 27 de setembro, quando o projeto foi apresentado para coordenadores de entidades, empresários e produtores rurais. Mas a informação ainda não chegou a todos os potenciais doadores, como gostariam os gestores do órgão.

Desde que entrou em funcionamento, o banco vem colhendo frutos em escala ascendente, segue prosperando: o banco recebeu 347 quilos de alimentos em setembro e 472 quilos em outubro. A meta é fechar o mês de novembro com mais de 500 quilos de alimentos recebidos, segundo a nutricionista.

Os resultados não demoraram a aparecer: “as doações estão chegando, o projeto está crescendo rápido. No mês passado, foram assistenciadas 4,5 mil famílias e 20 entidades já estão habilitadas a receber os alimentos”, revela Monique.

Entre as entidades, estão órgãos e equipamentos públicos vinculados diretamente à Prefeitura, como o Hospital Municipal, a Casa de Acolhida (para migrantes), os três Cras (Centro, Iúna e Mamoeiro), as Casas Lares e a Residência Inclusiva.

PREPARADO

O banco está preparado para receber doações dos mais variados alimentos e de quaisquer doadores, como pessoas físicas, empresas de qualquer segmentos e de associações. Policiais Penais, por exemplo, doaram recentemente cestas montadas (135 quilos de alimentos) para o Banco de Alimentos.
Monique Martins ressalta que quando se fala em complemento alimentar, toda quantidade e variedade de alimentos é bem-vinda. “Nada é perdido. Nada é excesso”.

A nutricionista de referência no banco conta que tão logo o alimento doado chega ao local, passa por uma triagem, é selecionado e distribuído para as entidades. Já chega lá com a orientação sobre até quando deve ser consumido. Normal que seja o mais rapidamente possível.

O banco só não recebe, no momento, doações de carne “in natura” e nem queijos ou requeijões, porque a unidade ainda não possui câmaras frias, e a logística não permite uma rápida distribuição desse tipo de produto, para consumo adequado.

Mas, na mesma linha, segundo Monique, carne congelada, leites e iogurtes são bem-vindos, porque poderiam viabilizar o aproveitamento dos produtos sob orientação técnica, e mais rapidamente.

“Temos um fluxo rápido. Você nunca vai chegar aqui de manhã e encontrar o estoque cheio. Nosso objetivo é não deixar o alimento parado de um dia para o outro”, a nutricionista explica, acrescentando que tão logo o alimento chega ao banco, é triado, selecionado, e a entidade receptora rapidamente acionada.

A transparência em todas as ações do Banco de Alimentos de Unaí é uma preocupação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e da Adequare, como explica Monique:

“Não é só sobre doar. É sobre saber o que acontece com o alimento doado. Para aonde vai, a quem vai beneficiar. Como esse alimento vai mudar a vida do beneficiário”, observa a nutricionista da Adequare.

Segundo ela, um relatório detalhado fica à disposição dos doadores (e do público), com informações que revelam a total transparência do serviço.

O Banco de Alimentos de Unaí funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h30. Para obter mais informações sobre o funcionamento do banco, ou sobre doações, acionar o WhatsApp (38) 9745-9385.

ENTIDADES HABILITADAS A RECEBER DOAÇÕES DO BANCO DE ALIMENTOS:

- Centro Educacional do Menor

- Centro Espírita Cristianismo Redevivo
- Abrigo Frei Anselmo
- Cantinho da Solidariedade
- Audec
- Pastoral da Criança
- Residência Inclusiva
- Casa Lar 1 e 2
- Casa da Acolhida
- Sociedade São Vicente de Paula
- Creche Ursinhos Carinhosos
- Creche Onilda Chaves (Cidade Nova)
- Creche Tia Marlene (Primavera)
- Creche Geraldo Martins (Politécnica)
- Creche Aquarela –(Canaã)
- Escola Israel Pinheiro (Novo Horizonte)
- Creche Pequeno Polegar (Iúna)
- CRAS Mamoeiro
- CRAS Iúna
- CRAS Politécnica
- Hospital Municipal