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Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes: Unaí faz campanha e divulga canais de denúncia
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A Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Semdesc) reuniu os coordenadores de todos os seus equipamentos na manhã dessa terça (13/5), para a distribuição de material de divulgação sobre a campanha do Maio Laranja, contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolestentes.

A campanha é encabeçada pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), mas envolve todos os equipamentos da Semdesc, como os Cras, Casa Lar, Residência Inclusiva, Sine, Cadastro Único, Banco de Alimentos.

As coordenadorias de cada equipamento receberam banners, cartazes, folders, leques, panfletos e porta copos para a campanha de conscientização da população (da necessidade de proteção dos direitos das crianças e adolescentes) que é intensificada neste mês.

 

Entre outras atividades, haverá uma caminhada pela avenida Governador Valadares, neste sábado. No dia seguinte, 18 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Pela gravidade do tema, não é dia de comemoração, mas de conscientização.

Os participantes da caminhada vão percorrer trecho da avenida Governador Valadares, da praça Getúlio Vargas (da igreja matriz) até a praça São Cristóvão. Durante o percurso, vão afixar cartazes nos estabelecimentos comerciais, abordar a população (pra conscientizar sobre o tema) e distribuir material explicativo e de orientação sobre o que é o abuso e a exploração sexual infantojuvenil, e como denunciar casos sabidos ou suspeitos. 

CANAIS DE DENÚNCIA

O objetivo central da campanha é divulgar os canais de denúncia, para que haja participação da população que conheça casos de abuso e exploração sexual infantojuvenil. Quem denuncia não precisa dar o nome ou passar os dados pessoais.

As denúncias anônimas podem ser feitas no Conselho Tutelar de Unaí, ou pelo DISQUE 100 (telefone nacional dos Direitos Humanos), pelo 190 da Polícia Militar ou pelo 180 (telefone da Polícia Civil, para casos de violência praticada contra a mulher). De acordo com as autoridades, tudo ficará no mais absoluto sigilo. 

Em razão da campanha que intensifica os canais de denúncia e aborda o assunto com mais profundidade, maio e junho são os meses em que as denúncias mais chegam aos órgãos responsáveis. 

 

PALESTRAS NAS ESCOLAS

A ideia do Maio Laranja é envolver toda a sociedade na campanha, mas alguns equipamentos específicos como escolas são referência para palestras e abordagens. “Porque falamos diretamente com as crianças e adolescentes. E, muitas vezes, a professora é a pessoa de confiança da vítima do abuso ou da exploração sexual”, explica Regina Lopes, coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

Durante a campanha iniciada no início deste mês (Laranja), equipes do Creas já visitaram algumas instituições como Cepasa (que prepara jovens para ingressar no mercado de trabalho) e escolas Padre José de Anchieta (Curral do Fogo), Adélia Rodrigues (Chapada) e Glória Moreira. Ainda estão previstas palestras nas escolas Tomaz Pinto, Jovelmira Vasconcelos e na Unidade Básica de Saúde- PSF Primavera.

Somente nas primeiras escolas, as palestras atingiram mais de 1.000 crianças/adolescentes. As equipes (do Creas presentes) foram procuradas, privativamente, por 14 vítimas. “Atendemos situações que as crianças saíram correndo, chorando da palestra”, conta Regina. “São crianças que estão sofrendo abuso ou violência sexual”, atestou a coordenadora.

Para Regina, o assunto é sério, porque os abusadores (90%) estão dentro da casa das vítimas. Os pedófilos são normalmente avôs, tios, irmãos ou amigos íntimos da família. Ela destacou principalmente os padrastos, situação muito recorrente. “Mulheres colocam homens dentro de casa, que elas nem conhecem, e eles abusam das filhas”.

E quando acontece o abuso, e a denúncia, as mães (em vários casos) tendem a desacreditar no que a filha ou filho contam. Essas mães normalizam o ocorrido, o que torna a situação ainda mais grave, porque implica aumento da dor da vítima.

Nos últimos anos, a situação se agravou ainda mais, porque os pedófilos contam com a internet e as redes sociais como auxiliares no cometimento de abusos. “A rede social é como uma rua escura, e a criança caminhando sozinha por essa rua”, compara a coordenadora do Creas, que alerta pais, mães e responsáveis a acompanharem o acesso de crianças e adolescentes às redes sociais e a jogos virtuais.

ACOLHIMENTO DE VÍTIMAS

O Creas é o equipamento responsável pelo acolhimento de pessoas que tiveram seus direitos violados, não é agente fiscalizador. Acolhe a vítima e a família, por meio de abordagem multiprofissional (com psicólogo, pedagogo social, assistente social, agente social, advogado) dos casos que passaram pelos canais de denúncia (como o Disque 100), pelo Conselho Tutelar, ou que foram encaminhados pela Justiça, Ministério Público, Polícias e outros componentes da rede de proteção socioassistencial do município.


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