Boqueirão 2019: depois de recuperado, cemitério do distrito ganha placa com 50 nomes de pessoas enterradas

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Quando a Administração Municipal assumiu a organização da estrutura da Festa de Romaria de Santo Antônio do Boqueirão deparou com uma série de problemas. Um deles dizia respeito ao cemitério do distrito. Estava bem destruído pelo tempo e por pessoas que, durante a festa, acampavam dentro do cemitério. Até churrasco faziam por lá. Então, a Prefeitura reconstruiu o muro, recuperou e protegeu o local e, este ano (no dia de Santo Antônio), instalou uma placa no portal de entrada com os nomes de 50 pessoas enterradas lá.

 

Esses nomes começaram a ser levantados no ano passado pelo diretor do Museu Municipal, Luiz Anselmo de Sá, que possui raízes familiares fincadas no distrito do Boqueirão. Em 2018, um anexo do Museu Municipal foi instalado no Boqueirão durante a festa, situação que permitiu ao diretor passar uns dias no distrito e fazer o levantamento que resultou nos primeiros 50 nomes.

 

De acordo com a secretária municipal de Cultura e Turismo, Luciana Navarro, depois da confecção dessa primeira placa, outros 20 nomes já foram levantados. Entre os quais, contam-se membros da família do agraciado com a Comenda de Santo Antônio do Boqueirão este ano, Deusdédio Pinto Brandão. "À medida que novos nomes forem surgindo, vamos instalando novas placas", afirma Luciana.

 

A secretária lembra que a Prefeitura cuida da estrutura do cemitério, mas cabe às famílias recuperar e preservar as lápides quem marcam o local onde foram enterrados os entes queridos. Estima-se que centenas de pessoas que viveram e morreram na região (e nos arredores) há mais de cem anos possam estar enterradas ali, já que alguns registros resistem ao tempo, como uma lápide feita de cimento, sobre a qual se lê: Anna Francisca Pires, 28 de junho de 1860.

 

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