Em breve, água jorrará por torneiras de assentamentos rurais; construção de rede começa pelo PA Barreirinho

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Representante da empresa de Montes Claros (Sérgio Francisco dos Santos), vencedora da licitação (modalidade tomada de preço), foi ao assentamento rural Barreirinho, na quarta-feira (17/8), fazer um reconhecimento da área. A execução do trabalho de captação (para posterior distribuição) de água para 11 assentamentos rurais inicia-se pelo P.A. Barreirinho.


O Barreirinho é o projeto de assentamento mais distante do Centro de Unaí, 104 km de distância, quase na divisa com Cabeceiras de Goiás. Cerca de 40 famílias de lá serão beneficiadas (mas a construção será feita de forma a absorver mais algumas famílias, em caso de necessidade).
O P.A. Barreirinho receberá duas caixas d'água (reservatório) com capacidade para 20 mil litros cada uma, ao passo que a maioria dos assentamentos receberá apenas um reservatório para 20 mil litros.


A execução desse tipo de obra em regiões de chapada também revela uma complexidade maior, conforme avalia o técnico agrícola da Prefeitura, Mariano de Jesus, que é responsável pelo acompanhamento do "Água na Torneira" no âmbito da coordenadoria de Projetos e Convênios da PMU.


"[No P.A. Barreirinho], a rede de captação que levará a água do "poço natural" até os reservatórios terá extensão de 4 km, por isso é mais complexa, porque tem de fazer uma rede de recalque muito longa, e os reservatórios terão de ser instalados numa parte mais alta do terreno", explica Mariano.


Nessa primeira fase do programa serão beneficiados ainda os assentamentos Eldorado dos Carajás, Estrela Guia, Menino Jesus, Santa Marta, São Miguel, São Pedro Cipó, Brejinho, Campo Verde, Curral do Fogo e Florestan Fernandes. A Prefeitura estimou investimento de R$ 2 milhões para a construção das redes, mas a empresa pegará o serviço por R$ 1,675 milhão.


COMO TUDO COMEÇOU


Mariano explica que o início do projeto decorre de uma "angústia" do prefeito José Gomes Branquinho, que em meados de 2019 determinou fosse buscada uma solução para o problema de falta de água que afligia as famílias em setores de assentamentos da reforma agrária, onde, em situações mais agudas, faltava até água para beber. Alguns assentamentos, a Prefeitura atendia com caminhões-pipa, com dispêndio de recurso público e baixa eficiência na prestação do serviço.


Em junho de 2021, o prefeito Branquinho editou o Decreto 5.587 que instituiu o programa "Água na Torneira" e criou o Comitê Técnico do Abastecimento de Água das comunidades rurais. Posteriormente, a Prefeitura fez um chamamento público para que essas comunidades manifestassem seu interesse. Assinaram termo de responsabilidade, declararam a quantidade de unidades familiares que seriam beneficiadas e pontuaram os setores abastecidos por caminhões-pipa da Prefeitura.


O comitê recebeu os requerimentos de implantação do sistema de abastecimento de água, selecionou as comunidades mais necessitadas e, entre outras funções delegadas, será responsável por fiscalizar a utilização e a administração do Sistema de Fornecimento de Água nesse projeto da Prefeitura.


No dia 3 de agosto, a Administração Municipal homologou o resultado do processo licitatório (tomada de preço) que apontou a empresa responsável pelo serviço. A expectativa é de que as redes de captação estejam construídas dentro dos assentamentos num prazo máximo de 12 meses. E entregues, para a execução da fase final.


NA ETAPA FINAL, A DISTRIBUIÇÃO


"Quando o projeto for concretamente executado, promoverá dignidade e melhor qualidade de vida às famílias beneficiadas. Poderão beber água potável, plantar uma hortinha, matar a sede dos animais, tudo isso com a garantia do abastecimento, sem precisar de caminhão-pipa", afirma Mariano.


Depois de executada essa etapa de obra de captação, vem a fase final de distribuição da água. Na última etapa, o esforço será construir redes secundárias de distribuição da água armazenada (em reservatórios instalados) para as unidades familiares, ou seja, disponibilizar um ponto de água para cada unidade consumidora.


Materiais como tubos e conexões serão disponibilizados pela Prefeitura, que em parceria com as comunidades beneficiadas farão a ligação dos tubos da rede principal à rede de cada unidade familiar. As comunidades ficarão responsáveis pela manutenção do sistema.


O sistema de abastecimento (depois de pronto) será composto pela captação da água bruta, o tratamento-cloração da água, o armazenamento em caixas (reservatórios) e a distribuição para cada unidade familiar. Só com a chegada da água, efetivamente nas torneiras, a aflição estará superada.

 

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