Aulas da rede municipal de ensino começam em 21 de fevereiro

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A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que a definição do dia 21 (e não 7 ou 14) para o retorno das aulas tem a ver com o aumento de casos de covid-19 e gripe em Unaí. E ainda por ser um prazo a mais para que maior quantidade de crianças/adolescentes esteja vacinada contra a covid. Então, o dia 21 marca a volta de toda a rede: creche, pré-escola, área urbana e zona rural. É ônibus escolar no ponto (e na estrada), crianças e professores na sala de aula, merenda na escola e novas matrículas na rede municipal (ainda abertas).


"Antes de tomar a decisão (de adiar o retorno das aulas), reunimos com Coes (Comando Operacional de Emergência em Saúde), com as Secretarias de Saúde, de Administração e de Governo e com o pessoal do setor de Compras e Licitações da Prefeitura, enfim, fizemos tudo que precisava para a volta às aulas com o máximo de segurança possível", explica o secretário municipal de Educação, Geraldo Magela da Cruz.


Professor Geraldo informa que também se reuniu com a superintendente regional de Ensino e assessores da SRE Unaí, para comunicar oficialmente a decisão do município e apresentar o novo calendário letivo e suas adequações. Segundo ele, "o calendário está bem ajustado e é possível cumprir os 200 dias letivos tranquilamente, sem prejudicar sábados, domingos e feriados".


Ele explicou à superintendente que os ajustes foram feitos, porque estão ocorrendo elevações significativas de pessoas acometidas por covid e gripe em Unaí. "E a gente quer amenizar ou diminuir os riscos de exposição ao vírus para crianças/adolescentes, professores, servidores da Educação e motoristas do transporte escolar".


Antes do retorno às salas de aula, o secretário diz aguardar que muitas crianças sejam imunizadas contra a covid-19. "Adiamos a volta para atingir número maior de crianças vacinadas. Temos dados que comprovam que a vacinação diminuiu significativamente a ocorrência de casos graves de covid".


EVASÃO ESCOLAR


Sem ainda ter números fechados sobre o quantitativo da evasão escolar, professor Geraldo reconhece que, em razão da pandemia, muitas crianças deixaram a escola e não voltaram no fim do ano passado, quando houve um retorno lento e gradual das aulas presenciais.


Tal situação já provoca uma busca ativa pelos alunos que abandonaram as salas de aula. E nessa busca, a Semed conta com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania (Semdesc) e de outros atores e entidades do município, como igrejas e associações.


"Nessa parceria, estamos fazendo uma busca ativa das crianças, para que retornem às salas de aula, e um mapeamento para combater o trabalho infantil", revela. A evasão escolar, de acordo com o secretário, pode ser justificada por inúmeros fatores, entre os quais o receio dos pais em mandarem as crianças para a escola, neste momento de incertezas e insegurança em relação à pandemia.


Outro fator lembrado foi a falta de apoio tecnológico, ou falta de acesso de muitos alunos a equipamentos de tecnologia digital, como computadores e celulares (conectados à internet) para as aulas on-line ou teleaulas. A exclusão a recursos digitais acentuou a desigualdade entre quem possuía e quem não possuía o acesso. Um dos resultados: evasão.


NOVOS PROFISSIONAIS NA EDUCAÇÃO


Professor Geraldo lembra que a Administração Municipal está dando posse a professores e especialistas em educação aprovados em concurso público.


Afirma ainda que a Semed abrirá, nos próximos dias, edital para contratação temporária de professores substitutos.


Entre os novos contratados, professores para atuar na educação inclusiva e com método educacional especializado, entre os quais libras e braile.

 

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