PMU e SAAE iniciam obra para eliminar alagamentos na região da avenida José Luiz Adjuto com Santa Luzia

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É só começar a chover e as preocupações da dona de casa Maria José Teixeira transformam-se em desassossego e dor de cabeça. Moradora da avenida José Luiz Adjuto, esquina com rua Santa Luzia, no bairro Cachoeira, a casa dela é a mais atingida pela invasão das águas pluviais, quando chuvas fortes despencam sobre Unaí. O desassossego acompanha dona Maria José por 17 anos, quando passou a morar num ponto crítico para alagamentos. A partir desta semana, porém, ela terá um motivo a menos com que se preocupar: a Prefeitura e o Saae (Serviço Municipal de Saneamento Básico) iniciaram a obra que permitirá a drenagem no local, com ampliação da rede de captação da água pluvial. A construção do canal vai beneficiar não apenas dona Maria, mas todo aquele quadrante do bairro. O município investirá cerca de 150 mil reais na construção.

"Tenho muita esperança de que, agora, o problema seja resolvido", afirma dona Maria José, que disse já ter se esquecido de quantas vezes teve de enfrentar a água da chuva invadindo sua casa. "Já houve situação em que, de madrugada, acordei com a água entrando na sala". Ela conta que, em certa ocasião, ao chegar de viagem, encontrou a casa toda alagada.

"Isso aqui é sério. Quando chove forte, nem carro passa pelo alagamento que forma aí na avenida". Ela e o marido até tentaram construir pequenas "barreiras" para proteger a casa. Em vão. Difícil conter a força da água que desce a rua Santa Luzia, passa por (ou empossa na) José Luiz Adjuto, e precipita em direção a Domingos Pinto Brochado.

"Seu" José Marciano mora há 12 anos na rua Domingos Pinto Brochado. Sua casa fica de frente para a rua Santa Luzia, mas já não recebe a torrente de água que desce a rua, porque não faz muito tempo uma obra de drenagem fora feita na Domingos Pinto.

Ainda assim, segundo ele, alguma quantidade de água ainda empossa perto de sua casa, problema que ele diz acreditar ver solucionado de vez com a nova obra de drenagem iniciada nesta semana. "Essa obra vai melhorar demais para nós aqui, porque agora sabemos que a água da chuva vai passar debaixo da terra".

Geraldo de Oliveira, diretor-geral do Saae, observa que serão construídos 280 metros de canais a serem interligados na rede pluvial existente na rua Domingos Pinto Brochado. As manilhas para a canalização já foram adquiridas pela autarquia ao custo de 51 mil reais. "A água será captada e seguirá num canal subterrâneo direto para o rio", explica o diretor, que visitou a obra na manhã desta quarta-feira (12/8).

PONTOS DE ALAGAMENTO ELIMINADOS

Geraldo Oliveira recorda que logo que a atual Administração Municipal assumiu o comando do município (janeiro de 2017), as obras de drenagem se tornaram um desafio para os novos gestores públicos. Lembrou que a primeira intervenção foi a conclusão da obra da grota do Taquaril, que havia sido canalizada, mas faltava construir os escoadouros (de água pluvial) para a galeria principal. Foram investidos 220 mil reais na obra, feita pelo próprio Saae.

As áreas mais críticas de alagamento foram mapeadas. Um ponto foi eliminado nas proximidades da Escola Maria Assunes, no bairro Canaã. Empresa foi contratada para a obra, cujo investimento municipal foi de 330 mil reais. Já o alagamento na rua Patos de Minas, no bairro Canabrava, precisou de uma empresa especializada para dar solução ao problema que exigiu técnicas mais avançadas de intervenção. A água da chuva vinha de partes mais altas, como o bairro Primavera, e alagava boa parte da rua Patos de Minas.

"Ao longo dos anos, foi solidificando areia, barro e cimento nas manilhas. E aí não captava mais a água da chuva. Ou desentupia a rede, ou fazia de novo (construía novo canal). A empresa conseguiu limpar toda a rede e desobstruir o ponto de rua que estava imobilizado", conta Geraldo Oliveira. O investimento chegou a 500 mil reais. Na rua Pirapora, perto do "corguinho" no bairro Santa Luzia, outro ponto de alagamento foi eliminado.

Na fila de obras de drenagem por fazer, pelo menos duas foram lembradas pelo diretor do Saae, por tratar-se de pontos de alagamento: na rua Aldeia, entrada do bairro Canabrava, e nas Chácaras Colina.

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