Semdesc pede ajuda da população: “denuncie o abuso sexual de crianças e adolescentes”

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A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania (Semdesc), por meio de seus órgãos (Creas e Cras) e parceiros, como o Conselho Tutelar, promoveu campanha na semana de 11 a 18 de maio, para sensibilizar a população a não se calar diante de casos de abusos sexuais praticados contra crianças e adolescentes. Para isso, encarece que as pessoas denunciem casos sabidos ou mesmo suspeitos desse crime. Os principais telefones para denúncia são o Disque 100 (Governo Federal), Conselho Tutelar (3677-4961/99942-9540/99846-5862) e Polícia Militar (190). Em 18 de maio foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

 

Campanha para chamar a atenção, orientar e sensibilizar a população para o problema foi desencadeada em escolas municipais e feiras de produtores rurais da cidade. As equipes técnicas estiveram nas Escolas Municipais Jovelmira Vasconcelos, Israel Pinheiro, Glória Moreira, Tomaz Pinto, Teodoro Campos, Euclides da Cunha, Padre José de Anchieta, Nossa Senhora de Fátima e na Escola Estadual Izabel Campos. Outras unidades escolares receberão a campanha no decorrer do ano. Foram visitadas também a feira (de produtores rurais) em frente ao convento, no sábado (18), e a feira do Novo Horizonte, no domingo (19).

 

Como os casos de abuso sexual de crianças e adolescentes em Unaí são considerados "numerosos" por profissionais que atuam na assistência social municipal, as equipes concordam que a melhor maneira de orientação é ir às escolas, onde estão as potenciais vítimas, e às feiras, que são locais de maior aglomeração de pessoas. Os técnicos distribuem panfletos com informações sobre como denunciar o crime de abuso sexual e oferecem mais informações sobre esse crime, que na maioria dos casos ocorre dentro da própria casa da vítima e cujo agressor é um parente próximo em quem a vítima confiava ou um amigo de confiança da família.

 

Nas escolas

 

Palestras, bate-papo, exibição de vídeos, e até "escuta individual" ocorrem nas escolas. Lá, técnicos do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e dos Cras (Centro de Referência de Assistência Social) explicam para estudantes o que é o abuso sexual, como eles podem se proteger e agir preventivamente para não se tornarem vítimas. No caso de terem sofrido abuso sexual, ou conhecerem alguém nessa situação, como devem fazer para denunciar e as formas de encaminhamento da vítima para a rede de proteção socioassistencial.

 

O assunto é levado às crianças de forma mais sutil, com jogos e intervenções lúdicas, para que elas possam entender à sua maneira, buscar proteção e denunciar. Os técnicos ensinam que algumas partes do corpo não devem ser tocadas por outras pessoas e ensinam também como a criança pode se desvencilhar do abraço ou do carinho que incomodam. Com os adolescentes, o papo pode ser mais direto.

 

Em vários casos, o abuso é sabido, mas muitas vezes silenciado. De acordo com os técnicos unaienses, a intenção é capacitar os professores para identificar alunos vítimas de abusos e auxiliarem no encaminhamento (dessas vítimas) para a rede de atendimento. "A criança ou adolescente vítima de abuso sexual fica mais arredio, agressivo, improdutivo. O professor identificando esses sinais pode acionar a rede de assistência social, para averiguação e encaminhamento do caso", afirma a secretária municipal Cláudia de Oliveira (Semdesc).

 

As campanhas, na opinião das profissionais, surtem um efeito bastante positivo. Somente nesta campanha receberam nove denúncias nos quatro dias que estiveram propagando a mensagem nas escolas. As denúncias partiram de crianças, de adolescentes e de uma professora. Houve casos que, depois da palestra, adolescentes pediram para falar em particular com o psicólogo. Outra pessoa que estava na feira do Novo Horizonte também fez uma denúncia.

 

A secretária assinala que, para casos de abuso, tem-se que obedecer a um fluxo de trabalho. E a porta de entrada para encaminhamento de um caso é o Conselho Tutelar. Só depois de passar por lá, a vítima chega ao Creas, onde tem à disposição uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, assistente social, pedagogo, agente social e advogado. Os membros da família também podem ser acolhidos pela rede, por intermédio dos Cras, que promovem acompanhamento, reconstrução e fortalecimento dos vínculos familiares.

 

Em consequência do abuso sexual, a criança ou adolescente pode ser retirado do seio da família. Há casos em que a vítima é retirada da casa dos pais e encaminhada para a casa de parentes biológicos. Quando a situação é mais crítica, por envolver riscos, a vítima é retirada de casa e encaminhada para Casas Lares ou para outras famílias. O agressor, por sua vez, pela prática do crime de abuso sexual, será preso e responderá a processo criminal.

 

Festa do Boqueirão

 

Além de continuar a propagar nas escolas a mensagem de prevenção, proteção e denúncias contra o abuso sexual de crianças e adolescentes, as equipes do Creas e dos Cras também estarão atuando durante a Festa de Santo Antônio do Boqueirão, que movimenta o distrito durante a primeira quinzena de junho.

 

De acordo com a secretária Cláudia, muitas crianças e adolescentes circulam pelo Boqueirão durante a festa (sejam como visitantes e, principalmente, como acampados), e precisam saber se proteger contra abusos e ainda denunciar casos sabidos. Além de orientar o público infantojuvenil, os técnicos querem alertar os adultos (pais, familiares, parentes ou amigos) para situações que configuram abuso e que podem resultar em punição para quem violar os direitos de crianças e adolescentes.

 

Fotos: CREAS / CRAS

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