Creches e Pré-Escolares: Unaí retoma obras do Proinfância e constrói outros quatro Centros de Educação Infantil

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Paralisadas havia mais de quatro anos, por falta de repasses liberados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), as obras das creches do programa Proinfância foram retomadas pela Prefeitura de Unaí no mês de julho: a creche do bairro Mamoeiro (com capacidade para atender até 500 crianças) e a do distrito de Garapuava (com capacidade para atender até 150). A execução será custeada com recursos próprios da Prefeitura de Unaí.


Paralelamente, a Prefeitura está construindo (também por meio de recursos próprios dos cofres municipais) outras quatro creches/pré-escolas: no bairro Divineia (ao lado da Escola Delvito Alves), no bairro Rio Preto (novas instalações do CEI Ursinhos Carinhosos), no bairro Cachoeira (novas instalações do CEI Pequeno Polegar) e no bairro Santa Luzia (ao lado do AABB, novas instalações do CEI Pinóquio).


AS DO PROINFÂNCIA


Além das construções retomadas (agora com recursos da Prefeitura), o programa Proinfância já havia entregue outras duas creches/pré-escolas em Unaí. O Centro Educacional Infantil (CEI) Tia Marlene do Vale, no bairro Primavera, inaugurado em setembro de 2014, unidade que atende 305 crianças, e o CEI Onilda Chaves Pessoa, no bairro Cidade Nova, inaugurado em outubro de 2019, atendendo atualmente 215 crianças.


A ordem de serviço para retomada das obras da creche do Mamoeiro foi dada em 11 de julho, e a empresa vencedora da licitação (a unaiense NE Construtora Eirelli) já avançou bem na execução. O investimento da Prefeitura para concluir a obra está estimado em R$ 2 milhões, e a unidade terá capacidade para atender até 500 crianças do Mamoeiro e bairros circunvizinhos.


O início da retomada da obra da creche de Garapuava data de 14 de julho, e a execução está sob responsabilidade da empresa unaiense Construtora Gabriel e Tim Ltda. Os recursos públicos da Prefeitura investidos são da ordem de R$ 1,44 milhão. A unidade atenderá até 150 crianças.


DEMOROU POR QUÊ?


Como o FNDE suspendera a liberação de recursos, a retomada da construção das creches do Proinfância em Unaí só foi possível, porque a Administração Municipal foi atrás, buscou soluções, articulou com deputados, insistiu com o Fundo Nacional, não desistiu do intento. Ao passo que as obras do programa viraram verdadeiros "elefantes brancos" em diversos municípios brasileiros, ou seja, as estruturas ocupam a paisagem, mas não têm utilidade.


"Quando assumimos a Secretaria de Educação, em 2017, havia essas duas obras paralisadas (mas o relógio não parou). Aí o prefeito Branquinho determinou que fôssemos atrás do FNDE, a fim de conseguir uma autorização para continuar as construções com recursos próprios do município", lembra o secretário Geraldo Magela da Cruz (Educação).


Ato contínuo, o órgão do governo federal (que não liberava os recursos) concedeu a autorização para o município construir, mas depois voltou atrás (e o tempo não parou). "Porém, o prefeito Branquinho não desistiu. Procurou deputados, fomos várias vezes ao FNDE, até o município conseguir a autorização definitiva", completa o secretário.


Após a autorização federal, havia ainda a necessidade de o município atualizar as planilhas de custo das obras, suplementar a ficha orçamentária, refazer diversos cálculos (entretanto, os projetos da construção, que é padronizada, já existiam e serão seguidos à risca). Depois, abrir o processo licitatório (com seus prazos) para selecionar as empresas construtoras e retomar a obra.
Para o engenheiro da prefeitura Armando Neri, responsável por fiscalizar as obras das creches do Proinfância, a ação foi feita a tempo e a hora, porque parte do material empregado na construção começava a se deteriorar.


Na creche do Mamoeiro, por exemplo, a tubulação "exposta" começou a ressecar, indivíduos tentaram furtar telhas, "mendigos" ocuparam o local, e "alguém" até ateou fogo em paredes internas (que estão sendo novamente rebocadas).


Depois de inspecionar a obra do Mamoeiro, nessa segunda-feira (1º/8), Armando avalia que a construção segue bastante adiantada. "Porque a empresa construtora também é dona de loja de material de construção, o que acelera bem", justifica.


Quanto à creche de Garapuava, a expectativa é que dentro de 15 a 20 dias, a obra seja efetivamente reiniciada, já que a empresa construtora aguarda a chegada do material comprado (as telhas chegam em dez dias).


A expectativa da Secretaria Municipal de Educação é entregar as creches e pré-escolares às comunidades em 2023.


UNIDADES MAIS ADEQUADAS


Para o professor Geraldo, as seis novas unidades de educação infantil (creches e pré-escolares) são construídas (começando do "zero") dentro de modernas normas técnicas e feitas num "sistema ideal" para receber as crianças, especialmente na faixa etária de zero a três anos.


"São unidades com salas bem ventiladas, bem iluminadas, com recursos de acessibilidade, com banheiros e outras estruturas adequadas (às normas e às noções de conforto e bem-estar orientados para alunos e profissionais da educação infantil)", ele explica, ao lembrar que as novas unidades vão substituir ou suplementar outras construídas nas décadas de 80 e 90, algumas funcionando em imóveis alugados e "adaptados para receber alunos".


E não deve parar por aí, segundo o secretário, porque a cidade está crescendo muito e alguns bairros "novos" brevemente deverão requerer a sua unidade de educação infantil. "Fazemos projeções a cada cinco anos, para avaliar a demanda. Veja como explodiu o crescimento de bairros depois da ponte do rio Preto", enfatiza o professor Geraldo, já antevendo o que vem logo ali.


FOTOS: CONSTRUÇÃO CRECHE DO MAMOEIRO, 1º DE AGOSTO

 

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