Sistema da UFMG pode aprimorar transporte escolar no Município

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Auxiliar os prefeitos para contribuir com a melhoria na gestão do sistema de transporte escolar rural é a proposta de professores/pesquisadores da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A proposta de trabalho da universidade para as prefeituras do noroeste foi apresentada na tarde dessa quinta-feira (23/11), em reunião ocorrida na sede da Associação dos Municípios do Noroeste de Minas (Amnor), em Paracatu.

 

O projeto foi exibido e discutido (com os prefeitos) pelos professores Nilson Tadeu Ramos Nunes e Marcelo Franco Porto, respectivamente coordenador-geral e coordenador-técnico do Transcolar Rural, considerado "solução para otimizar rotas e custos do transporte escolar, tanto rural quanto urbano". O sistema (baseado em modelo matemático), pensado e desenvolvido por 17 professores-doutores e 30 alunos de mestrado e doutorado da Federal de Minas, já foi adotado por todos os municípios do Estado do Espírito Santo.

 

Segundo os proponentes, o sistema reúne variáveis como malha viária, veículos, alunos, escolas e faz "diversos" cálculos, a fim de traçar a melhor rota, percorrida com o menor tempo e com o veículo mais adequado a cada rota. A consequência, garantem os pesquisadores, é a melhoria na gestão do transporte escolar, a otimização na prestação do serviço e a redução nos custos desse serviço.

 

A Prefeitura de Unaí, por meio da Secretaria da Educação, administra 152 linhas do transporte escolar, que percorre 12 mil quilômetros por dia. O custo diário do transporte escolar unaiense é de 40 mil reais, passando de R$ 1 milhão no final do mês. "Se conseguir melhorar a gestão e reduzir custos, é ótimo para a prefeitura", comenta o prefeito José Gomes Branquinho.

 

Por que esse sistema não foi instalado primeiramente em Minas, já que o modelo foi desenvolvido na UFMG? Os coordenadores explicaram que o FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação), ligado ao Ministério da Educação, investiu inicialmente no desenvolvimento do projeto, mas depois suspendeu o aporte de recursos, em razão da situação financeira do país. Estado e municípios do Espírito Santo tomaram direção contrária e apostaram no investimento.

 

Os pesquisadores calculam que, para implantar o sistema nos municípios, cada prefeitura deve investir 25 mil reais (que podem ser divididos em três parcelas) e R$ 1.300,00 mensais, durante 12 meses, para manutenção do programa. O retorno, garantem, virá para as prefeituras no "curto prazo".

 

Como o valor foi considerado "salgado" para a maioria das prefeituras, a fórmula encontrada foi a adesão conjunta dos municípios da Amnor. Para o caso de fechar negócio, o investimento das prefeituras será proporcional à capacidade financeira de cada uma e ao tamanho do serviço a ser prestado.

 

Funcionários do setor administrativo-operacional da Amnor ficaram responsáveis por sentar com os pesquisadores, discutir valores, avaliar os pagamentos (por município) e apresentar o resultado do estudo aos prefeitos, para decidirem se as Administrações Municipais aderem ou não ao Transcolar Rural.

 

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Professores/pesquisadores da UFMG apresentam sistema aos prefeitos do Noroeste


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Prefeitos e representantes de municípios presentes à reunião da Amnor desta quarta (23/11)

 

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