Castração de animais cadastrados na PMU: chegou a vez das fêmeas

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O cadastramento de cães e gatos para castração iniciou-se em março na Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Mais de 110 machos foram castrados. Em razão de a cirurgia em machos ser mais simples, ocorreram primeiro. Há pouco mais de 15 dias, começou o trabalho de castração de cadelas e gatas. A prioridade no procedimento são animais sob a guarda de protetores, em função do acúmulo dos indivíduos que mantêm em casa. O foco, neste momento, está numa protetora que guarda mais de 20 cadelas na residência.

 

As triagens e cirurgias estão ocorrendo em sala do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A médica veterinária Juliene Dias Michelin escolheu as segundas e terças-feiras para fazer a triagem dos animais que serão operados na quarta (ou quinta) e na sexta. A triagem é uma atividade pré-operatória, que consta do teste de leishmaniose e da avaliação geral do estado de saúde do animal. O resultado dessa triagem indica se o cão ou gato pode ser submetido à cirurgia.

 

Do cadastro atual de fêmeas registradas na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, constam 25 gatas e 33 cadelas. Nos últimos dias, a médica veterinária operou oito gatas e quatro cadelas. "A cirurgia nas fêmeas é mais complicada. Tem abertura de cavidade, demanda maior tempo de cirurgia, pelo menos o dobro em relação ao macho", explica Juliene. A castração de uma cadela dura de 40 a 50 minutos.

 

A intenção da Administração Municipal é esterilizar todos os animais que foram cadastrados. A veterinária ressalta, no entanto, que foram muitos os donos (tutores) que tiveram o trabalho de cadastrar o animal na Secretaria de Meio Ambiente, levaram-no ao CCZ para fazer a triagem, mas não compareceram no dia da cirurgia. Há casos de não comparecimento nem mesmo à triagem. Cumpre lembrar que é responsabilidade do tutor conduzir o animal até o local dos procedimentos.

 

Animais maiores

 

A veterinária conta que tem operado somente cadelas com peso inferior a 15 quilos, num primeiro momento. Ela explica que os fios de sutura disponíveis são finos e que precisa de fios com maior calibre para estancar as veias uterinas e fechar a cavidade de fêmeas mais pesadas. "Há uma quantidade razoável de fios de menor calibre para animais mais leves", ela salienta, mas observa que o processo licitatório (a parte burocrática) para a aquisição do fio com "maior calibre" já está em andamento na Prefeitura de Unaí.

 

Para animais de maior porte, ela observa, a própria sala de cirurgia carece de uma melhor adequação. Apesar disso, a veterinária já operou quatro cães de grande porte. "Para cirurgia dos machos, os fios aguentam, por se tratar de uma cirurgia mais simples e superficial. O risco é maior nas fêmeas, porque é preciso estancar o corte em veias e artérias".

 

As cirurgias de castração prosseguem no CCZ (rua do Sol, s/nº, bairro Park Canabrava) até esgotar a lista de animais cadastrados na Secretaria de Meio Ambiente.

 

Foto: Secretaria de Meio Ambiente

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A veterinária Juliene Michelin (com auxiliares) prepara o procedimento cirúrgido de uma das
oito gatas que foram castradas nos últimos dias




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