"Melhor do que jogar no lixão, não é?"

"A Prefeitura devia ter um local de entrega de lixo eletrônico como este aqui"

As manifestações (entre aspas) foram de uma cidadã (de meia idade) que entregava um televisor e outros materiais inservíveis à caravana do lixo eletrônico, estacionada na Praça JK (da Prefeitura), nessa segunda, 7 de novembro.

No momento em que ela se manifestava, a reportagem lhe informou que o aterro do lixo, situado atrás da serra do Taquaril, não pode receber lixo eletroeletrônico ou qualquer tipo de resíduo sólido que não seja o lixo comum (doméstico) e de limpeza urbana (varrição, poda).

No aterro, só deve entrar o material recolhido pelo caminhão de lixo e o da limpeza urbana, sob responsabilidade da Prefeitura. Se não cumprir a determinação legal, a PMU pode ser multada.

Portanto, para o aterro não devem ser destinados material de coleta seletiva (como os recicláveis papelão, papel seco, embalagens de plástico, alumínio, latinhas, garrafas PET, ou seja, todo material que tenha valor de venda no comércio de recicláveis) e nem equipamentos eletroeletrônicos e seus componentes (tudo que pode ser ligado na tomada ou que usa pilha e bateria), vidros, lâmpadas, entre outros.

Disse-lhe ainda que a população de Unaí tem ponto de entrega voluntária para, praticamente, tudo que não seja lixo comum doméstico. Que o ecoponto, ou ponto de entrega voluntária, funciona em galpão dos antigos armazéns da Casemg, na margem direita da BR-251, antes do viaduto de acesso ao bairro Canaã (ver fotos).

“Uai, eu não sabia disso. Mas desde quando?”, indagou a cidadã, espantada.
A secretária municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Cátia Regina Rocha, lembra que o município tem ponto de recebimento do lixo eletroeletrônico desde 2018 e que isso (foi, é, e sempre será) informado em matérias e entrevistas concedidas aos meios de comunicação da cidade (rádios, tv, jornais) e consta sempre nos meios de comunicação da Prefeitura de Unaí (site oficial, mídias sociais, aplicativo de mensagens).

“Primeiro funcionou na rua Arminda Rangel (no Jacilândia), depois na rua Filadelfo Souza Pinto (no Nova Divineia) e hoje num galpão dos antigos armazéns da Casemg”, afirma Cátia acerca dos pontos de entrega voluntária de eletroeletrônicos e seus componentes.

Ela explica que a Caravana do Lixo Eletrônico, de um projeto desenvolvido por uma ONG do Distrito Federal, veio à cidade para informar a população sobre onde pode entregar o lixo eletroeletrônico em Unaí, para onde o material coletado segue depois que vai para Brasília e o que é feito com ele.

LEI DE RESÍDUOS SÓLIDOS É DE 2010

“A gente não faz campanha por fazer. A gente não fala sobre logística reversa por falar. Tudo isso é lei desde 2010”, ressalta a secretária.

Ela se refere à Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A política determina (entre vários outros direcionamentos) que a Prefeitura é responsável pela coleta e destinação do lixo comum doméstico e de limpeza urbana, que as associações e cooperativas de catadores se responsabilizam pelo recebimento e venda de resíduos com potencial de reciclagem e que os produtores e geradores de resíduos de logística reversa (indústria, comércio, revendedores, produtores rurais) são responsáveis pela coleta e devolução à indústria.

Com foco na legislação, Unaí criou no próprio ano de 2010 um galpão de descarte de pneus.

Em 2017, Unaí instalou um ponto de recolhimento de eletroeletrônicos (portanto, não é iniciativa recente). Em 2018, foi a vez do PEV para recebimento de vidros.

Em 2022, Unaí tornou-se referência para os municípios do Noroeste, ao instalar (em parceria com Amnor e outros parceiros) um ecoponto para recebimento (regional) de todo tipo de resíduo, num galpão dos antigos armazéns da Casemg: pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes e graxas, material de EPI (Proteção Individual), lâmpadas, produtos de madeira, paletes e variadas embalagens devem ser entregues lá.

Para saber mais sobre a gestão do lixo doméstico, da coleta seletiva dos resíduos recicláveis e da entrega de materiais inservíveis para a logística reversa, ligar no 3676-9501 (Secretaria de Meio Ambiente) ou 99989-6177 (Apanor).

* Nas imagens abaixo, localização do galpão na cidade.