Construir e gerenciar o aterro sanitário será o próximo desafio socioambiental

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Unaí elaborou seu Plano Municipal de Saneamento Básico (com metas de curto, médio e longo prazos) e o tornou lei. Dos quatro eixos do PMSB, três estão na alçada do Saae (água, esgoto e drenagem) e um sob responsabilidade da Prefeitura: o gerenciamento do resíduo sólido. O município, com o apoio em parcerias, fez sua parte e se transformou em referência nacional, principalmente no quesito recebimento e destinação correta e sustentável de material de logística reversa.

 

O Centro de Referência de Logística Reversa, resultado da articulação de vários parceiros, está em pleno funcionamento em Unaí. Pronto para receber todo tipo de resíduo que já não serve mais, nem tem valor de venda (pneu, vidro, eletroeletrônicos, pilhas e baterias, isopor, materiais de EPI), ou seja, tudo que não seja lixo doméstico (cozinha e banheiro) ou material reciclável (que tem valor de venda e gera renda para os catadores: papel, papelão, embalagens de plástico, latinhas, alumínio).

 

QUEM É RESPONSÁVEL POR CADA TIPO DE RESÍDUO

 

O LIXO COMUM (banheiro e cozinha), produzido nos domicílios, é recolhido pela Prefeitura. O MATERIAL RECICLÁVEL, que tem valor de venda, deve ser recolhido pelas cooperativas ou associações de catadores (em reestruturação legal no município). E o RESÍDUO DE LOGÍSTICA REVERSA precisa ser entregue no Centro de Referência, galpão que funciona nos antigos armazéns da Casemg, pista marginal da BR-251, próximo ao viaduto do Canaã.

 

De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Cátia Rocha, o município de Unaí já está preparado para fazer a destinação correta de todo tipo de resíduo. “Está em pleno funcionamento, para que a rede comercial, empresarial e os cidadãos possam entregar o material de logística reversa na unidade”.

 

E o que ainda é gargalo, como a destinação de resíduos da construção civil, deve ser solucionado em 2025. “É um desafio grande, porque esse material (resíduos de construções, reformas, reparos e demolições)”, como constata a secretária, “ainda vai parar no aterro ‘descontrolado’ de Unaí”.

 

PRIMEIRO ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL

 

Mas o aterro descontrolado do município (situado atrás da serra do Taquaril) se encontra com os dias contados, porque Unaí já possui a licença para construir o primeiro aterro sanitário de sua história. “Devidamente licenciado”, a secretária faz questão de destacar.

 

O desafio, agora, segundo Cátia, é construir e gerenciar o equipamento. Ela entende que a gestão do aterro sanitário não deve ficar a cargo da Prefeitura, por faltar prática operacional. “Porque a maioria dos aterros sanitários controlados por prefeituras acabaram virando lixões”, justifica. O ideal, em sua opinião, “é a Administração Municipal fazer um chamamento público, para selecionar uma empresa de gestão, fazer uma parceria público-privada”.

 

Materiais de reciclagem, ou de logística reversa, não devem ser destinados ao aterro sanitário, porque reduzem a vida útil do equipamento e aumentam os custos de operação. Por isso, a opção de Unaí por construir o Centro de Referência de Logística Reversa e apoiar a legalização de associações ou cooperativas de catadores de material reciclável antes da construção do aterro.

 

DESTINAÇÃO AMBIENTALMENTE CORRETA

 

O lixo orgânico vai seguir para o aterro sanitário. Os recicláveis serão vendidos diretamente pelos catadores (gerando renda para o segmento). E os de logística reversa, recebidos no galpão da Apan, serão recolhidos pela indústria para destinação final. Esse o ideal a ser perseguido, por ser legal e ambientalmente correto.

 

“Conseguimos desvendar o mistério de forma econômica”, comemora a secretária de Meio Ambiente. O município entrou com o galpão. A gestão do galpão é da Apan (Associação de Proteção Ambiental). E a indústria se responsabiliza pelo recolhimento no galpão, transporte e entrega do material no destino final. E tudo com rastreabilidade. Para Cátia, rastrear é o grande diferencial. “Porque não é só retirar o material do galpão, mas saber para onde está indo”.

 

Toda essa organização com a logística reversa colocou Unaí no topo dos municípios que arranjaram soluções sustentáveis para gestão de seus resíduos sólidos. O primeiro projeto montado em Unaí já serviu de inspiração para vários outros, cujo modelo vem se expandindo em polos: João Pinheiro, Patos de Minas, Paracatu, Januária. O modelo da Apan deve chegar a Goiás, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Alagoas. Já fizeram consultas e até visitas.

 

ECOPARQUE EM UNAÍ

 

Uma parceria entre o Ministério Público, a Apan, o Sebrae, a Invest Minas e a indústria resultou num projeto piloto de instalação de um ecoparque em Unaí (para beneficiar alguns resíduos sólidos) antes de seguirem para sua destinação final.

 

Portanto, antes de sair para a indústria, parte dos resíduos passará por um primeiro beneficiamento. Por exemplo, o pneu que sai inteiro de Unaí chega do mesmo jeito na indústria. Ocupando muito espaço nos caminhões, que transportam menos quantidade.

 

Assim, o pneu será triturado. O vidro, moído. E outros resíduos serão beneficiados antes de serem colocados nos caminhões. Vai agregar volume, quantidade e eficiência.

 

“O modelo [de gestão dos resíduos de logística reversa], a solução surgiu em Unaí. É justo que o Sebrae e a Invest Minas lancem esse projeto piloto aqui”, comemorou a secretária de Meio Ambiente.

 

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