Covid-19: Fiscalização teve muito trabalho no fim de semana

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Foi intenso o trabalho no primeiro fim de semana dos 13 "novos" fiscais que a Prefeitura contratou para auxiliar os quatro fiscais efetivos da PMU a atuar neste momento de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

 

As equipes trabalharam muito na "orientação e conscientização" de donos de bares, restaurantes, lanchonetes, sorveterias, supermercados, igrejas e até num baile funk. Para acabar com o baile público, o fiscais precisaram acionar a Polícia Militar.

 

BARES E DISTRIBUIDORAS DE BEBIDAS

 

De acordo com o decreto, o cliente só pode comprar os produtos e levar para consumir em casa. Bares que oferecem sinuca e carteado devem ficar fechados.

 

Bares e botecos não estão entre os estabelecimentos essenciais para a população e, por isso, com funcionamento "restrito". Segundo a diretoria de fiscalização da prefeitura, "em nenhum momento" foi liberado o funcionamento de bares, distribuidoras de bebidas e similares, para consumo no local.

 

"A fiscalização conversou e orientou o 'fechamento' de alguns estabelecimentos. Muitos estão resistindo, mas estamos esgotando todas as possibilidades de negociação antes de tomarmos uma medida mais drástica", revela o diretor de fiscalização da Prefeitura, Ronald Lima de Paiva.

 

RESTAURANTES, LANCHONETES, SOVERTERIAS E SIMILARES

 

Os restaurantes, pizzarias e similares podem colocar mesas e vender comida dentro do estabelecimento entre as 11h e às 15h, mesmo assim obedecendo a recomendações: colocar mesas espaçadas, com distanciamento social e oferecer álcool em gel. E, principalmente, cobrar o uso de máscaras de proteção, tanto dos trabalhadores quanto dos clientes.

 

Fora disso, somente atendendo a pedidos para entrega (delivery) ou vendendo no local para a pessoa pegar e levar, a fim de evitar o ajuntamento de pessoas dentro do comércio.
A modalidade self-service está temporariamente suspensa nos estabelecimentos. "Mesmo assim, tivemos de orientar alguns donos de self-service que, no sábado, estavam lotados e vendendo livremente. Precisamos da compreensão e da ajuda dos comerciantes", desabafa Ronald.

 

Nas sorveterias e similares, as mesas precisam ser espaçadas do mesmo jeito. O local tem de oferecer álcool em gel, não permitir o acúmulo de pessoas num mesmo horário e ainda exigir a máscara de proteção.

 

FEIRAS

 

Fiscais percorreram as feiras de produtores no fim de semana e presenciaram o espaçamento determinado entre as barracas. Estava tudo nos conformes, mas alguns detalhes chamaram a atenção dos fiscais: feirantes e consumidores circulando sem máscaras de proteção.

 

"Além de orientarmos o feirante a usar máscara, estamos pedindo que também não atenda os clientes que estiverem sem a proteção facial", diz Ronald. "Afinal, juntamente com as medidas de higiene, a máscara é o que nos protege contra o vírus".

 

Vendas de churrasquinhos e latas de bebida também despertaram a atenção. "Não pode haver consumo no local. O cliente deve pegar o espetinho, a latinha, e ir embora. Não pode ficar por ali, aglomerando perto das barracas", afirma o diretor de fiscalização.

 

FESTAS E BAILE FUNK

 

A fiscalização da Prefeitura tem recebido muita denúncia da realização de festas particulares, sobre as quais os fiscais não podem agir efetivamente. Mas podem, sim, conversar e procurar sensibilizar o dono (da casa, ou da chácara) e pedir-lhe a compreensão. Essa a orientação da diretoria de fiscalização.

 

Outro fato que chamou a atenção dos fiscais foi a realização de um baile funk, improvisado em área pública do Mamoeiro. Ronald explica que, neste caso, a fiscalização precisou da ajuda da Polícia Militar para acabar com a "festa". Duas viaturas foram enviadas ao local.

 

IGREJAS

 

A fiscalização está de olho até mesmo nas igrejas. Um culto foi denunciado na noite desse domingo, por estar cheio de pessoas, sem máscara de proteção e em desconformidade com as medidas de distanciamento social previstas em decretos.

 

"A fiscalização chamou o pastor e o orientou", segundo Ronald: "o senhor está colocando em risco a saúde, ou mesmo a vida dos fiéis". A ideia, anuncia o diretor de fiscalização, é levar para os pastores de igrejas pequenas que dividam os cultos ao longo dos dias da semana, a fim de poder beneficiar mais fiéis, e assim evitar acúmulo em apenas alguns horários do domingo.

 

PARA DENUNCIAR

 

Usar as mídias sociais (oficiais) da Prefeitura, o aplicativo de mensagens (zap) da Prefeitura pelo (3677-9610) ou ainda ligar no telefone da fiscalização: 3677-9610, ramal 9004.

 

Nesta segunda-feira (11/5), os fiscais começaram cedo o trabalho. A ênfase continua em portas de bancos, lotéricas, supermercados e em outros estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço.

 

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