Dengue em Unaí: mais de 3 mil notificações e duas mortes

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Os casos de dengue em Unaí seguem uma curva ascendente. Em dois meses, as incidências vêm se multiplicando. Os notificados com sintoma de dengue já passam dos 3 mil, e dois óbitos registrados como "possível agravamento de quadro de saúde decorrente da dengue". Gestores da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e da Gerência Regional de Saúde (GRS), órgão do Governo de Minas, reuniram-se na manhã desta segunda-feira (21/1), para apontar reforço de ações.

 

Uma delas é a destinação de mais um veículo fumacê para Unaí. Um já vem atuando desde 18 de dezembro. De lá pra cá, toda a cidade recebeu descargas de inseticida. Segundo o setor de Epidemiologia da Sesau, o fumacê já está refazendo o percurso. O número de casos de dengue, no entanto, segue subindo.

 

Como a cidade é dividida em dois roteiros, a chegada de outro veículo fumacê ataca os mosquitos simultaneamente nas duas frentes de trabalho. Apesar do esforço, a coordenadora de Epidemiologia, Adriane Araújo, ressalta que de nada adianta o uso do fumacê, se as pessoas continuam mantendo os criadouros do mosquito dentro de casa. "O inseticida mata o mosquito voando, mas não mata a larva que vai romper em uma semana", ela explica.

 

Para o combate efetivo, alerta Adriane, a população precisa fazer o dever de casa. "Se a pessoa tirar dez minutos por semana, para eliminar focos de água parada dentro de casa e no quintal, é o bastante para controlarmos a dengue". Entre as principais medidas, ela orienta uma inspeção atenta nos aparelhos de ar condicionado, reservatórios atrás de geladeiras, calhas de telhados, lonas mantidas a céu aberto, pratinhos de plantas, piscinas, tambores e outros reservatórios. "Não é falta de informação que está gerando essa epidemia. O povo está cansado de saber o que deve ser feito para prevenir e combater a dengue", lamenta a coordenadora.

 

Para agir diante do que considera "negligência de parte da população", a coordenadora de epidemiologia ressalta que a Prefeitura está contratando agentes para um mutirão de limpeza. Previsto para o início de fevereiro, o mutirão vai percorrer rua por rua, casa por casa, orientando moradores sobre eliminação dos criadouros do mosquito e recolhendo material que possa acumular água.


Atendimentos

 

Pessoas com sintomas de dengue (dor de cabeça ou no fundo dos olhos; febre alta, náusea e vômitos; manchas vermelhas, dor ou fraqueza no corpo) devem procurar atendimento na unidade de PSF que cobre sua área de residência. A parte da população que não tem cobertura de PSF deve procurar a unidade do Politécnica, que designou uma equipe para o atendimento exclusivo dos casos de dengue.

 

Os casos mais graves são encaminhados para o Pronto Socorro do Hospital Municipal. Autoridades de saúde recomendam que os pacientes não procurem diretamente o Pronto Socorro, que atende somente os casos mais graves de dengue e as urgências e emergências.

 

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