Pacientes com sintomas de dengue devem procurar unidades de PSF e não Pronto-Socorro

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Febre alta, dor de cabeça e no fundo dos olhos, pintinhas vermelhas na pele, enjoos e vômitos, mal estar/cansaço extremo, dores pelo corpo são sinais que podem indicar a presença de dengue. Diante desses sintomas, o paciente de Unaí deve procurar a unidade de PSF na qual é referenciado. Quem mora em área que não tem cobertura de PSF (metade da população da cidade), deve procurar a unidade de saúde do bairro Politécnica (rua Acácio Afonso, 240, telefone 3677-5065)), instituída como referência para atendimento da dengue. O horário de atendimento na unidade é das 7h às 19h, sem interrupção. O Pronto-Socorro do Hospital Municipal não deve ser procurado para atendimento de casos de dengue.

 

A Secretaria Municipal de Saúde designou uma equipe para tratar somente de pacientes com dengue na unidade do Politécnica, que tornou-se referência para metade da população que não tem cobertura de PSF. A medida também é uma resposta a protocolo instituído pelo Ministério da Saúde para casos de epidemia. A escolha da unidade Politécnica tem a ver com facilidade geográfica e de infraestrutura.

 

Somente nas últimas duas semanas, foram quase 700 notificações de pacientes com sintomas de dengue em Unaí. As equipes nas unidades de PSF estão capacitadas para todos os procedimentos, segundo a coordenadora Sonária Faria: triagem para classificação e encaminhamento dos casos, consulta de enfermagem, consulta médica, orientação técnica, coleta de material para exame, oferta de medicação (hidratação oral ou intravenosa para reposição de eletrólitos) e até remoção por ambulância (para o Hospital Municipal ou outra unidade).

 

A instituição da unidade Politécnica como referência para metade da população já conseguiu desafogar o Pronto-Socorro, nessa segunda-feira (7/1). O movimento, no entanto, foi deslocado para a unidade de saúde, que ficou cheia durante todo o dia para atendimento de dengue. Um clínico geral do Pronto-Socorro foi inclusive deslocado para reforçar a equipe na unidade do Politécnica.

 

Mutirão de limpeza

 

A utilização do veículo fumacê para eliminação do mosquito transmissor vem surtindo pouco efeito na redução dos casos de dengue. Segundo a coordenadora de Epidemiologia da Sesau, Adriane Araújo, isso se deve aos criadouros que estão sendo mantidos dentro das casas. "Se a população continuar mantendo água parada dentro de casa, a cada sete dias teremos novos mosquitos voando. Aí não há fumacê que resolva".

 

Por isso, garante Adriane, os novos casos de pessoas contaminadas por dengue seguem aumentando, apesar do trabalho do fumacê. "O trabalho com o fumacê vem sendo feito sem parar desde antes do Natal. Não parou no Natal, nem no Ano Novo. Já estamos chegando na fase final da aplicação, chegando ao último bairro, o Mamoeiro, e não conseguimos frear os casos. Estamos correndo contra o tempo, o fumacê percorreu uma média de 80 quarteirões a cada horário".

 

Ao mesmo tempo em que o fumacê atua, para ilustrar o que considera "negligência" da população em relação aos focos criados dentro de casa, ela conta que em apenas uma das residências visitadas, os agentes acharam 15 focos de larvas do mosquito transmissor. "A população precisa fazer a parte dela, senão pouco adianta", lamenta a coordenadora, acrescentando que o trabalho de conscientização e sensibilização para o problema, bem como as ações rotineiras de agentes de casa em casa, nunca param.

 

Outra cartada da Administração Municipal na guerra contra a dengue é a execução de um grande mutirão de limpeza nos próximos dias. Percorrerá casas, ruas e bairros da cidade. O município está providenciando a contratação de mais 20 "agentes" para correr atrás de focos do mosquito em casa por casa, rua por rua, bairro por bairro. A expectativa é que o mutirão seja implementado tão logo as equipes tenham condições técnicas para iniciá-lo.

 

Antes, porém, o município deve realizar um Levantamento Rápido do Índice de Infestação Larvária para o Aedes aegypti. O LIRAa vai apontar, na semana que vem, quais as áreas da cidade estão mais infestadas.

 

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A unidade do Politécnica funciona na rua Acácio Afonso, 240 - Telefone 3677-5065


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No primeiro dia de atendimento como referência para dengue, a unidade ficou cheia




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