Hospital Municipal realizou, em janeiro, 81 cirurgias eletivas, 133 cirurgias de urgência e 78 pequenas cirurgias

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Os números constam do relatório do Hospital Municipal Dr. Joaquim Brochado (HMU) para o primeiro mês do ano. O HMU realizou, ainda, 6.566 consultas, 261 internações, 32 exames de mamografia, 313 ultrassonografias, 1.981 exames de raios-X e 762 serviços de gesso. No quesito remoção de pacientes, foram 9.280 quilômetros percorridos em demanda de hospitais especialmente em Patos de Minas, Paracatu, Belo Horizonte e Brasília.

 

As 81 cirurgias eletivas (programadas), marcadas pela Central de Regulação, são em sua maioria procedimentos para retirada de amígdala, adenoide, vesícula, hérnia, útero, e ainda vasectomia, laqueadura tubária, curetagem. Constam ainda cirurgias ortopédicas em cotovelos, joelhos, pernas, mãos, pés, entre outros.

 

As 78 pequenas cirurgias foram feitas em ambulatório, pela simplicidade do procedimento. Entre as mais comuns, retirada de verrugas, de pequenos nódulos nas mamas, fimose e biópsias. Por outro lado, foram registradas 133 cirurgias de urgência e emergência que deram entrada no Pronto-Socorro (P.A.) do Hospital Municipal.

 

Centro cirúrgico

 

De acordo com a diretora administrativa do HMU, Sibelle Lourenço de Brito, o Centro Cirúrgico do hospital está muito bem equipado. Entre as aquisições, monitores com parâmetro de BIS para avaliar o índice anestésico, mais duas cúpulas de foco cirúrgico (equipamento de iluminação), perfurador de nitrogênio (para cirurgia em ossos), garrote pneumático (para bloquear a circulação sanguínea em cirurgias ortopédicas), pistolas de água (para lavagem de material cirúrgico), entre outros.

 

O arco cirúrgico que existe no HMU, importante equipamento utilizado principalmente para cirurgias de imagens (videolaparoscopia e artroscopia), foi alugado. Mas a Prefeitura já abriu processo de licitação e vai comprar um equipamento para o Hospital Municipal. O arco cirúrgico oferece imagens em 3D em tempo real durante a cirurgia.

 

Dois berços aquecidos foram outra aquisição importante para um dos blocos cirúrgicos. O equipamento mantém a temperatura do recém-nascido enquanto os profissionais de saúde fazem o monitoramento dele (do bebê). Em Unaí, a quantidade mensal de partos varia entre 120 e 150.

 

Coordenadora do Centro Cirúrgico do HMU, a enfermeira Sheila de Sousa Mendes afirma que "as cirurgias não param". Para as cirurgias programadas (eletivas), as equipes estão trabalhando de segunda a sábado. Para as urgentes, as salas estão sempre prontas. "O Centro Cirúrgico está bem equipado, bem completo. E as cirurgias estão fluindo bem", resume.

 

A coordenadora diz acreditar que a situação tende a ficar melhor depois que a prefeitura realizar o concurso público para a efetivação de novas enfermeiras, pois o quadro de profissionais é insuficiente, encontra-se "bastante desfalcado". Mas, mesmo assim, segundo ela observa, o trabalho está sendo feito a contento pelos profissionais que se desdobram.

 

UTI

 

O Hospital Municipal ainda não possui uma Unidade de Terapia Intensiva, mas busca parcerias, inclusive com a iniciativa privada, para a instalação do serviço em Unaí. Além do alto valor dos equipamentos, o serviço implica a manutenção de médicos intensivistas, 24 horas por dia, na unidade. Com toda dificuldade, a Administração Municipal estuda uma forma de viabilizar o projeto.

 

Unaí se ressente de não possuir uma UTI em vários momentos. Um deles tem a ver com as cirurgias ortopédicas em idosos, como a de fêmur, por exemplo, que poderiam ser feitas no próprio hospital. Mas, pelo fato de Unaí não possuir uma UTI, os idosos em espera pela cirurgia ocupam leitos no Hospital Municipal, enquanto aguardam vagas em Patos de Minas.

 

Nos casos graves que chegam ao HMU e demandam o serviço de tratamento intensivo, o paciente é transportado em ambulância com UTI móvel (e médico acompanhante) até a cidade mais próxima que possua hospital com Unidade de Tratamento Intensivo. Paracatu, Patos de Minas e Brasília são recorrentes. "Há muita demanda de UTI", registra Sibelle.

 

Segundo ela, "a maior parte da quilometragem de ambulâncias é praticamente em busca de UTI, ou de casos graves, que vão evoluir para UTI". As transferências de pacientes em janeiro atingiram 9.280 quilômetros. O Hospital Municipal possui 58 leitos, dois deles separados para pacientes em isolamento, por portarem doenças contagiosas.

 

Enquanto a instalação de uma UTI adulta em Unaí aguarda o desenrolar de negociações, a viabilização de uma unidade infantil, ou neonatal, dá passos mais rápidos. Há um projeto de instalação de dez leitos de UTI infantil. A Administração Municipal está pesquisando o valor dos equipamentos. A maior preocupação, reitera a diretora, diz respeito à manutenção de equipe de médicos intensivistas na unidade 24 horas por dia.

 

Cardiologia

 

Para Sibelle Lourenço de Brito, a maior dificuldade de manter os procedimentos hoje é com o setor de cardiologia. Faltam médicos cardiologistas, que resultam em dificuldades na escala. A Prefeitura conta com apenas um cardiologista ocupante de cargo efetivo na saúde pública. Não faz muito tempo, o problema era conseguir pediatras. Isso, segundo ela, foi superado e normalizado. O desafio, agora, é normalizar a cardiologia.

 

"As outras especialidades até que estão mais tranquilas", ressalta a diretora, atestando que a regularidade também se deve à terceirização da gestão do serviço médico pela empresa RCS, contratada pela Prefeitura em junho de 2018.

 

A expectativa agora, segundo ela, é a chegada de angiologistas, especialidade médica que cuida do diagnóstico e do tratamento clínico de doenças vasculares (nas artérias, veias e vasos linfáticos). Com a chegada de médicos angiologistas, o Hospital Municipal se capacita para realizar cirurgias vasculares (varizes, aneurismas e obstruções arteriais).

 

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