Agosto Dourado em Unaí: em 2020, campanha só no rádio, TV e plataformas digitais

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Unaí realiza no mês de agosto o 5º ano consecutivo da campanha de amamentação e promoção ao aleitamento materno. Conhecida como Agosto Dourado, a campanha visa levar orientação e informações técnicas para mães e para a sociedade sobre a importância do tema. Neste ano, porém, devido à pandemia de covid-19, a campanha não terá envolvimento direto com o público. As palestras, o bate-papo, a interação e a hora do mamaço serão feitas on-line nas redes sociais, aplicativos de mensagens e pelos canais de rádio e TV. A PMU participará e divulgará essas ações.

 

Em Unaí, a campanha de promoção ao aleitamento materno é encabeçada, desde o início, pela fisioterapeuta Vannina Carvalho. Trabalhando há 30 anos com atividades de incentivo à amamentação, Vannina atua no Hospital de Taguatinga, que é referência brasiliense em banco de leite e incentivo à amamentação. Por isso, o hospital recebeu o selo de "amigo da criança".

 

A campanha em Unaí conta com o apoio direto da fonoaudióloga Roselaine Perasoli Varrasquini e da enfermeira Zeline Carvalho Lousado. Ambas profissionais dos quadros da Secretaria Municipal de Saúde. A Secretaria de Cultura também está sempre presente nas campanhas, com quadros teatrais e encenações temáticas. Das últimas campanhas do Agosto Dourado, participaram algumas escolas (urbanas e rurais), entidades como Cepasa, estabelecimentos comerciais, entre outros parceiros.

 

2020

 

Sob o lema "apóie o aleitamento materno por um planeta saudável", a campanha deste ano quer fazer uma conexão com o desenvolvimento sustentável. O leite materno já vem prontinho (na temperatura certa, na consistência certa, tudo certinho), não implica custos de produção e os variados gastos recorrentes. "Custos de cuidados com a vaca, de água, de embalagens, de envasamento", assinala Vannina.

 

Em defesa do aleitamento materno, a fisioterapeuta destaca que o leite da mãe contém tudo de que o bebê necessita. "Inclusive produz anticorpos para o bebê, caso ele entre em contato com algum vírus, e o coronavírus entra nisso". Ela explica que o leite materno funciona como uma vacina e deve ser o único alimento dado ao bebê nos primeiros seis meses de vida. Não precisa nem dar água, nem chás, porque o leite materno hidrata e alimenta o bebê. A partir dos seis meses, passa a fazer parte da dieta do bebê, como complemento alimentar. "Se possível, não introduzir outro tipo de leite até os dois anos, que é quando o sistema imunológico (de defesa contra microrganismos) do bebê fica pronto".

 

Outros tipos de leite receitados para o bebê, ela explica, são os leites artificiais ou de "fórmula infantil". Por mais que estes sejam processados, inclusive os específicos para crianças alérgicas, todos eles derivam do leite de vaca. "Este leite é de produção onerosa para o país e, principalmente, para as famílias, já que um leite de fórmula mais simples custa em torno de 50 reais".

 

AMAMENTAÇÃO

 

A maioria das pessoas pensa que o ato de amamentar é natural, é instintivo, para a mãe e para o bebê. E não é assim, segundo Vannina. E isso precisa ser ensinado às mães, muitas cheias de receios e de mitos. Algumas chegam até a desistir de amamentar, em razão das dificuldades introjetadas.

 

"Por isso, a necessidade de orientação, de passar técnicas, de formas corretas de pega do bebê, de sucção do seio", ela observa. "Se a amamentação não está legal para a mãe e o bebê, orientamos a procurar uma unidade de saúde ou o Hospital Municipal", ressalta a fisioterapeuta. E um detalhe: nada de mamadeira ou chupeta.

 

As campanhas do Agosto Dourado, na opinião de Vanina, já surtiram efeitos positivos na vida de muitas mães unaienses. Um deles é a derrubada de mitos que prejudicavam o aleitamento materno e funcionavam como justificativa para que essas mães desistissem de amamentar: leite fraco, menino mama mais que menina, bico do seio invertido, tamanho da mama, entre outras falsas crenças que seguem perdendo força ao longo dos anos. A vacina para isso é uma boa dose de informação. O Agosto Dourado preenche as lacunas.

 

A campanha deste ano, com transmissão on-line nas plataformas digitais e via rádio e TV, segundo Vanina, também pode até gerar um efeito positivo. "Ainda não temos certeza de como será, mas achamos que pode atingir até mais pessoas".

 

HORA DO MAMAÇO

 

Nos anos anteriores da campanha, geralmente as mães lactantes se reuniam num sábado de agosto, na Praça JK (da Prefeitura), para realizar um grande "mamaço", um dos pontos altos do Agosto Dourado. Todas amamentando seus bebês ao mesmo tempo, ato acompanhado pelas profissionais de saúde. Neste ano, em virtude do distanciamento social, o "mamaço" será registrado em fotos "isoladas", cada mãe em sua casa.

 

As fotos serão postadas nas redes sociais e páginas digitais, em dia e horário pré-definidos. O mamaço simboliza a liberdade e o direito de a mãe poder amamentar seu bebê onde ela quiser ou precisar, tudo de acordo com a vontade do bebê. Com o apoio da sociedade, a lactante não deve ser incomodada. E, principalmente, não deve ser censurada pelo ato, onde quer que esteja. Ao contrário, deve ser auxiliada.

 

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