Avanço de Unaí para Onda Amarela vai depender de redução do índice de infectados e de ocupação de leitos de UTI

logo pmu only


Toggle Bar

portal cidadao menu

acesso informacao minibanner

Pin It

Embora Unaí tenha reduzido drasticamente o número de infectados – saiu de uma média de 720 para 200 casos por semana –, o Governo de Minas ainda mantém o município na Onda Vermelha de restrições, por entender que a microrregião (Unaí mais 11 municípios) ainda se encontra em situação "muito crítica". Passar para a Onda Amarela requer de Unaí e região baixarem mais rapidamente o número de pessoas infectadas, frear o avanço da doença e reduzir a taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva (UTI). A maior parte dos municípios e microrregiões de saúde em Minas Gerais está na Onda Vermelha (ver no mapa). Poucos avançaram para a Amarela (menos restritiva).

 

Avançar para a Onda Amarela significa liberar as escolas, os esportes coletivos, os pontos recreativos, os bares com consumo no local, além de outros estabelecimentos não contemplados pela Onda Vermelha. A rapidez no avanço para a onda menos restritiva vai depender da velocidade com que Unaí e região conseguirem reduzir os indicadores da covid. A partir dessa redução nos números, especialmente de ocupação de UTI, é que o Estado vai rever a classificação. Portanto, isso não depende "necessariamente" da vontade da Prefeitura de Unaí ou da GRS.

 

A Administração Municipal, sensível às dificuldades de comerciantes, empreendedores e funcionários que têm (ou tiveram) seus negócios abalados, encerrados ou perderam suas vagas de trabalho como efeito da crise sanitária, aguarda ansiosamente para um retorno à normalidade das atividades econômicas, mas dentro de uma perspectiva que garanta proteção e segurança sanitária a todos. Saúde e economia devem caminhar juntas.

 

Para o diretor da Gerência Regional de Saúde (GRS-Unaí), José Juliano Espíndula, apesar de Unaí verificar melhora em alguns índices, como a redução de casos confirmados de covid, a situação, segundo ele, ainda é muito perigosa, o que justifica (aos olhos do Estado) a manutenção da região na Onda Vermelha. "Realmente houve diminuição no número de casos positivos em Unaí, mas ultimamente a pessoa infectada chega aos hospitais com sintomas muito agravados". As internações em leitos de terapia intensiva são o indicador de maior impacto negativo sobre os números unaienses.

 

José Juliano admite, no entanto, que o tempo gasto para Unaí e região avançarem para a Onda Amarela vai depender do comportamento da população nos próximos dias ou semanas. As medidas de contenção do vírus, segundo ele, são mais do que conhecidas: evitar aglomerações, usar máscara de proteção, manter o distanciamento social, fazer a higienização das mãos, além da adoção efetiva de práticas de limpeza e higienização. "É preciso que todos tenham consciência e adotem as medidas de proteção e segurança. Todos precisam colaborar", afirma.

 

O avanço para ondas menos restritivas, ele observa, está condicionado ao comportamento da população e à variação dos números (pessoas contaminadas, sintomas agravados e ocupação de leitos). Assim, o município e a microrregião de saúde podem avançar (para a onda amarela) ou mesmo regredir (para a onda roxa), a depender desses indicadores.

 

"Não é hora de relaxar", sentencia o diretor da GRS. A advertência faz sentido, porque o índice de isolamento social calculado pelo Estado para Unaí (42%) está abaixo da média do verificado nas cidades de Minas Gerais (50%). "As pessoas ficam eufóricas para sair, ir pra rua, aglomerar. E isso pode ser perigoso quando se trata de transmissão do novo coronavírus", justifica José Juliano.

 

O perigo enfatizado pelo diretor da GRS está em sintonia com o que vem sendo vislumbrado por infectologistas e especialistas do segmento que não descartam uma possível nova onda de contaminação pelo novo coronavírus, prevista para até o meio do ano.

 

FATOR COMPLICADOR

 

A redução do número de pacientes em leitos de terapia intensiva, neste momento, é fundamental não apenas para impulsionar o avanço de Unaí para a Onda Amarela, mas também para reduzir o efeito da pouca disponibilidade de medicamentos do kit intubação. O problema ocorre em todo o Brasil.

 

Um dos cinco medicamentos que integram o kit intubação já está em falta no país. O Estado ou município que comprou não recebe (ou recebe em conta-gotas) e o que não comprou enfrenta grande dificuldade para a aquisição.

 

Esse medicamento, fundamental para provocar o coma induzido no paciente intubado, custava por volta dos R$ 4,20 (quatro reais e vinte centavos) a ampola, pouquinho tempo atrás. Hoje, o mesmo medicamento (quando achado) pode ser comprado por R$ 180,00 (cento e oitenta reais) uma ampola. E rezar pra chegar a tempo. Um paciente intubado precisa de 16 ampolas por dia.

 

 mpcovv 0001




top