Se você for mulher, procure o PSF e faça os exames preventivos de câncer de mama e de colo do útero

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- As unidades de Saúde unaienses intensificam os procedimentos neste mês de outubro

- Medo, negligência e vergonha só atrapalham e podem ser fatal

 

Em 2020, mais de 2,3 milhões de mulheres descobriram que estavam com câncer de mama. Se descoberto precocemente e iniciado o tratamento rapidamente, as chances de cura aumentam. Em 2021, estima-se que serão descobertos mais de 66 mil novos casos no Brasil. É o tipo de câncer que mais mata mulheres.

 

"É um dado expressivo, né?", manifestou-se a médica Cristina Sauter Lorenzoni, profissional que atende no PSF Divineia. Ela lembra que os riscos aumentam principalmente para as mulheres que não fazem atividade física, não amamentaram, estão com excesso de peso (obesidade) e fazem consumo de cigarro e bebida alcóolica. Histórico de câncer de mama em avó, mãe, irmã, prima de primeiro grau também acende o alerta.

 

E o Outubro Rosa (campanha de conscientização para a necessidade da prevenção) está aí para lembrar que somente com exames preventivos é possível detectar casos de câncer (de mama e de colo de útero) em suas fases iniciais e começar logo um tratamento. Quanto mais precoce o diagnóstico e os encaminhamentos, maiores as chances de cura.

 

"A Prefeitura, por meio do SUS, oferece assistência o ano inteiro para a mulher que quer cuidar da saúde. Mas outubro é o mês que celebra a prevenção, quando são disponibilizadas mais vagas para mamografia do que no resto do ano", explica a doutora Cristina. "Quem procurar agora, deve conseguir fazer a mamografia até o final do ano".

 

No mês de outubro, segundo a médica, há uma aceleração na oferta de exames e na busca ativa pelas mulheres que ainda não buscaram o resultado da mamografia no hospital e, consequentemente, não levaram para o médico que fez o pedido do exame. "Só funciona se mostrar o resultado para o médico", adverte Cristina Sauter.


No caso do citopatológico de colo de útero, a mulher busca o resultado na própria unidade de saúde onde fez a coleta.

 

Afugentar as mulheres das unidades de saúde e dos consultórios médicos estão entre os muitos prejuízos provocados pela pandemia do novo coronavírus. Mas, segundo Cristina Sauter, com o ciclo de vacinação completo contra a covid e o reforço na adoção das medidas de prevenção, as mulheres já podem voltar às unidades de saúde sem as preocupações que marcaram a pandemia nos últimos 19 meses.

 

Mamografia e autoexame

 

O Ministério da Saúde preconiza que o exame de mamografia seja feito a partir dos 50 anos, que é a faixa de maior prevalência de casos de câncer de mama. Os exames de mamografia são marcados pela Central de Regulação, e o procedimento feito no Hospital Municipal.
Antes dos 50 anos, porém, somente em prescrições médicas para pacientes com suspeitas ou ocorrência de casos na família (mãe, irmã, prima de primeiro grau). Um médico deve fazer o pedido.

 

Mas a mulher não precisa esperar completar 50 anos para adotar as medidas preventivas, que devem começar bem antes, com o autoexame das mamas, a partir dos 20 anos. "A gente orienta que a própria mulher faça a apalpação das mamas quatro dias depois do fim do sangramento menstrual. Cessou o sangramento, fazer o exame quatro dias depois".

 

Para o correto autoexame das mamas, a mulher pode buscar orientação nas unidades de saúde, ou PSFs, ou até mesmo pela internet. "Há muitos vídeos que orientam as mulheres sobre o autoexame. É só escolher um confiável", recomenda a doutora Cristina.

 

A mulher deve procurar o serviço de saúde se perceber nódulos nas mamas, vermelhidão, algum sangramento, alguma descarga de líquido nos mamilos ou ainda alguma assimetria mamária (uma mama maior que a outra).

 

Citopatológico do colo do útero

 

O Ministério da Saúde preconiza que o citopatológico do colo de útero, conhecido popularmente como Papanicolau, seja feito entre os 25 e os 65 anos de idade, faixa etária com maior prevalência de casos de câncer de colo uterino. "Antes ou depois dessa faixa etária, somente se o médico orientar e justificar o pedido", Cristina explica.

 

"Pela coleta, feita em qualquer posto de saúde, a gente vai saber se tem alguma célula com arquitetura diferente, que pode estar evoluindo para câncer", ressalta a médica. Ela explica que caso seja detectada alguma lesão no colo do útero, a paciente será encaminhada para um procedimento de cauterização. "Para não evoluir para um câncer invasivo".

 

Prevenir, ou mesmo descobrir o câncer nas fases iniciais torna o tratamento mais fácil. Se demorar muito o diagnóstico, pode haver metástase (espalhar para outras partes do corpo), o tratamento ficar mais difícil e o caso evoluir para óbito, pelo fato de o tratamento não conseguir matar a grande quantidade de células malignas.

 

Vergonha atrapalha e pode ser fatal

 

A vida sexual ativa é fator importante no caso da lesão no colo do útero, porque 90% dos casos estão relacionados à infecção pelo Papiloma Vírus, o HPV, transmitido por relação sexual com pessoa contaminada. Um percentual menor dos casos possui fatores genéticos associados, como histórico familiar envolvendo esse tipo de câncer.

 

Cristina Sauter conta que muitas mulheres deixam de fazer o exame, porque sentem vergonha. "Pensam que, por não estarem tendo uma vida sexual ativa, não precisam fazer o exame. Mas, às vezes já têm uma lesão e não sabem. Só vão descobrir quando houver algum sangramento importante, uma perda de peso, uma dor. Quando aparecerem sintomas, o câncer já pode estar enraizado", alerta.

 

Em caso de câncer diagnosticado, a paciente que tinha vergonha terá de se submeter a uma série de procedimentos muito piores, muito mais invasivos. Por isso, a médica do PSF Divineia tranquiliza as mulheres: "Não precisa ter vergonha, porque os profissionais que trabalham na área de saúde são preparados para o serviço, trabalham com isso o dia inteiro".

 

O câncer foi detectado. E agora?

 

No caso da mamografia, a lesão vem descrita no exame. A mulher volta ao médico que fez a solicitação da mamografia e será encaminhada para uma biópsia. Na sequência, começa o tratamento.

 

No caso de lesão pré-cancerígena no colo do útero, a paciente será submetida a uma cauterização, procedimento realizado na unidade de Planejamento Familiar. Se o procedimento não for suficiente para superar a lesão, a paciente será encaminhada para o tratamento oncológico.

 

No Estado de Minas Gerais há vários centros oncológicos que são referência para Unaí, como Patos de Minas, Uberaba e Uberlândia. A Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde é que vai buscar a vaga mais acessível e rápida. Alguns pacientes de câncer de Unaí buscam o hospital de Barretos (SP) para o tratamento.

 

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