Dengue em Unaí: força-tarefa do Estado chega para eliminar o mosquito dentro das casas

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O alto índice de infestação larvária e a escalada de casos positivos de dengue em Unaí fizeram o município requerer o apoio do Estado para um enfrentamento "mais direto" do Aedes aegypti. A ordem agora é eliminar o mosquito dentro das residências, já que o fumacê vem atacando o transmissor do lado de fora. O trabalho já começou e os agentes vão percorrer cerca de 11 mil casas nos quarteirões de bairros com mais infestação larvária e com mais diagnóstico de casos positivos de dengue. Bela Vista, Divineia, Jardim, Santa Luzia, Primavera, Vale Verde, Cachoeira e Centro serão os principais alvos da operação.


Contando com o apoio e a contribuição dos moradores, os agentes da força-tarefa do Estado vão entrar nas casas, percorrer cômodo por cômodo (à caça do mosquito). Vão utilizar um novo método de aplicação de permetrina (inseticida), o aerosystem, de pulverização rápida e em pequenas doses. Durante a aplicação, pessoas e animais devem ficar do lado de fora da casa e só voltarem após 30 minutos, tempo em que o inseticida age para eliminar o mosquito.


"O objetivo é eliminar a fêmea do mosquito transmissor, que fica escondida dentro das casas. Vamos buscar atingir as áreas onde o fumacê não consegue, porque na hora em que o carro do fumacê passa, muitas residências estão com portas e janelas fechadas. Então, o fumacê elimina apenas o mosquito que está voando fora das casas. E os focos (tanto de larvas quanto de mosquitos alados) continuam dentro das casas", explica o supervisor do Centro de Controle de Zoonoses de Unaí, Daniel Caetano.


MORADORES COM DÚVIDAS OU RECEIOS PODEM ENTRAR EM CONTATO


Para que o trabalho dê os resultados esperados, a Secretaria de Saúde pede que os moradores recebam bem os agentes e permitam que entrem nas casas e façam o serviço. Em caso de dúvida ou receio, a população pode exigir a identificação dos agentes, ou mesmo ligar no Centro de Controle de Zoonoses (3676-4615) ou na Secretaria de Saúde (3677-5049) para obter mais informações.


Ao chegar a uma residência, e antes de iniciar o trabalho de cômodo em cômodo no interior da casa, a equipe (normalmente dois ou três agentes) faz a abordagem do morador, se identifica e explica o trabalho a ser executado.


"Aqui no bairro Bela Vista (onde o trabalho começou nessa quarta, 23/3), ainda está havendo resistências (morador não abre a casa). Se (os moradores) tiverem alguma dúvida, os agentes têm identificação e o trabalho pode ser confirmado. Pedimos o pessoal que procure saber antes e receba a equipe", ressalta o supervisor da força-tarefa do Estado, Raimundo Nato Moreira (o Nato). Ele disse que o trabalho tem o acompanhamento de pessoal da Secretaria de Saúde de Unaí e da Gerência Regional de Saúde (GRS), braço do Estado na região.


DURANTE APLICAÇÃO, PESSOAS E ANIMAIS DEVEM FICAR DE FORA


E, ao término da aplicação, a orientação é aguardar 30 minutos (do lado de fora) enquanto o inseticida age. Mesmo durante a borrifação, a recomendação é que as pessoas e animais (cães, gatos, pássaros) fiquem de fora e, se houver aquário, deve ser coberto.


Não haverá aplicação em quartos com pessoas acamadas. Recomendável também que pessoas alérgicas, idosos e crianças pequenas fiquem mais distantes (talvez do outro lado da rua) durante a aplicação e nos 30 minutos seguintes.


SÓ BORRIFAÇÃO NÃO ADIANTA; POPULAÇÃO PRECISA CONTRIBUIR, ELIMINAR FOCOS


Daniel Caetano lembra que o mais importante no enfrentamento à dengue não é o combate ao mosquito, quando este já nasceu, tornou-se um transmissor e a doença já se espalhou. O mais importante, segundo ele, é a prevenção, impedir que o mosquito nasça. "Por isso, cada morador deve ter o compromisso de checar sua casa, seu quintal, a fim de eliminar a água parada e eliminar possíveis criadouros do mosquito".


Para garantir mais efetividade às ações, outra parte da força-tarefa do Estado chegará a Unaí nos próximos dias. Os agentes também vão percorrer os locais com maior número de casos positivos e mais infestação larvária.


Vão também entrar no maior número de casas, buscar eliminar os focos de infestação larvária e remover objetos que possam acumular água, transformando-se em criadouros do mosquito.

 

Garrafas, pneus, vasinhos de plantas, calhas, ralinhos e vasilhame de água para os animais também costumam funcionar como criadouros. É importante ficar de olho. 

 

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