Agentes de endemias e agentes comunitários de saúde de Unaí fizeram uma caminhada na manhã desta terça-feira, 28/11, portando faixas e entoando mensagens, a fim de chamar a atenção da população para o período de chuva que se avizinha. E, com ele, os problemas da água parada, da formação de criadouros do mosquito transmissor e da possibilidade da proliferação da dengue na cidade.

E é sempre bom lembrar: a dengue é uma doença grave e, na sua fase mais aguda, pode matar. A melhor prevenção é eliminar os criadouros de água parada e não deixar o mosquito nascer.

O problema é que o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado no mês de novembro em Unaí, revelou um alto risco para a dengue na cidade. E ainda há um alto risco de surgimento de chicungunha em algumas cidades de Minas Gerais, alerta já feito pela Saúde Estadual, que está incentivando os municípios a realizarem ações preventivas.

“Tem o mosquito na cidade. Basta que alguém contaminado seja picado para que um novo ciclo de dengue recomece”, alertou o supervisor de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Daniel Caetano, momentos antes de um carro de som puxar a caminhada que saiu da Praça JK, percorreu algumas ruas centrais e retornou ao ponto de partida. “E todo mundo já sabe o que tem de fazer, estamos apenas reforçando as mensagens já sabidas”.

Vasos/frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais de construção e objetos religiosos/rituais estão entre os que chamaram maior atenção dos agentes durante a realização do LIRAa em novembro.

UNAÍ ADQUIRIU MÁQUINA DE FUMACÊ

Para matar o mosquito adulto alado, a Saúde Municipal adquiriu um equipamento para aspersão de inseticida. É um mini-UBV (bomba veicular para nebulização em Ultra Baixo Volume), o mesmo utilizado pelo Estado, conhecido popularmente como fumacê (bomba na carroceria de caminhonetes borrifando inseticida).

Inclusive, a Gerência Regional de Saúde (braço da Secretaria de Estado de Saúde) acompanhou todo o processo, desde a compra do equipamento até os testes que aprovaram o “fumacê” unaiense.

O Centro de Controle de Zoonoses – órgão da Secretaria Municipal de Saúde – deve selecionar as ruas e bairros que receberão a ação do fumacê a partir da semana que vem. O fumacê passará inicialmente nos locais com maior índice de infestação larvária e nos locais indicados pelo Sinam (Sistema Nacional de Agravo de Notificações).

“Essa é mais uma ferramenta para auxiliar no controle vetorial (do mosquito), mas não resolve o problema de base. O mais importante é prevenir, não deixar o mosquito nascer, eliminando a água parada e os potenciais criadouros onde os mosquitos se reproduzem”, observou Daniel Caetano. “E aí a população tem que estar junto com a prefeitura”.