Com a morte da menina Ana Júlia, vítima de picada de escorpião na última segunda (23/7), volta à discussão a necessidade de se implantar uma Unidade de Terapia Intensiva em Unaí, para tratamento dos pacientes em estado grave nos hospitais e cujo monitoramento da condição vital (do paciente) precisa ser feito de modo contínuo. A UTI requer locação física adequada, aquisição de equipamentos de alto custo e manutenção de equipe de médicos intensivistas. O tema em Unaí já vem sendo discutido há algum tempo.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Denise de Oliveira, a implantação de uma UTI no Hospital Municipal hoje seria inviável, pela falta de recursos do município para aquisição e instalação dos equipamentos no HMU, que não possui estrutura física adequada, bem como pela falta de recursos para a manutenção de uma equipe de médicos intensivistas a cargo do município.

A alternativa que vem sendo cogitada pela Administração Municipal, em conjunto com os municípios do Noroeste de Minas, é terceirizar uma UTI. De acordo com a proposta, o contrato com uma empresa, credenciada pelo SUS para a prestação do serviço, seria firmado pelo Consórcio Intermunicipal que congrega Unaí e os municípios da região. Atuando em conjunto, os municípios do noroeste (Amnor) – por meio do Convales – conseguem baratear custos (ao ratear despesas) especialmente nas ações direcionadas à saúde e ao desenvolvimento.

"Como os recursos do SUS (que chegam aos municípios) são insuficientes para custear os serviços de uma UTI, a proposta é que cada município complemente os valores para cuidar de seus pacientes", ressalta Denise. A Convales tem se reunido com uma empresa capacitada para a prestação desse serviço de Terapia Intensiva. Entretanto, falta ainda o departamento jurídico do Consórcio fazer a avaliação final da parceria, e os prefeitos se reunirem para verificar se a proposição é viável (ou não) e bater o martelo.