Município quer parceria com entidades para acolher público dos 18 aos 60 anos

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Durante a inauguração da Casa de Acolhida Nossa Senhora do Carmo (para migrantes) – parceria da Prefeitura com a Província Carmelitana de Santo Elias –, o prefeito José Gomes Branquinho salientou que o município vive outro grande desafio: criar uma casa para acolher pessoas "desamparadas", dos 18 aos 60 anos de idade, espécie de residência inclusiva. Ele explicou que Unaí possui a Mão Amiga e as Casas Lares para acolher menores de 18 anos, e o Abrigo Frei Anselmo para acolher os maiores de 60. Dos 18 aos 60, no entanto, não há unidade para acolhida, deixando uma "lacuna" na política de acolhimento social. Para criar essa casa inclusiva, o prefeito afirmou que a Administração Municipal vai precisar da ajuda de entidades ou associações que prestam serviços "semelhantes" na cidade, como Mão Amiga e Abrigo Frei Anselmo.

 

Branquinho argumenta que unidades de acolhimento precisam, além do atendimento técnico (mais frio), de um atendimento mais cheio de calor humano, como só as entidades ligadas às igrejas, associações beneméritas e filantrópicas podem garantir. Ele explicou que essa casa inclusiva não poderia ser, por exemplo, aquela que estava sendo inaugurada (casa de passagem de migrantes), em razão da finalidade. "A pessoa a ser acolhida (maior de 18 e menor de 60) pode estar doente, acamada, e precisar de uma enfermaria. E aqui (passagem de migrantes) não há esse tipo de atendimento".

 

Por causa dessa "lacuna social", o prefeito revela que a Justiça tem encaminhado algumas demandas para o Abrigo Frei Anselmo no sentido do acolhimento de pessoas "desamparadas" na faixa dos 18 aos 60 anos. Ele lembra também que o Poder Judiciário mandou o município "acolher" uma pessoa que chegou ainda criança à Mão Amiga, mas que já completou 18 anos e não tem para aonde ir. "Achei hoje pessoas adequadas para ouvirem isso. Aí, estamos pedindo ajuda para criar essa casa inclusiva e vamos precisar de vocês, que são representantes das diversas entidades", encareceu o prefeito, em busca de uma solução de parceria.

 

Ele fez referência à Casa de Acolhida Nossa Senhora do Carmo como uma solução de parceria a ser copiada para um atendimento de que outras pessoas precisam. "Com apoio da Província Carmelitana, da Igreja, temos certeza que aqui os migrantes terão acolhimento completo". É parceria semelhante que o prefeito deseja para uma unidade criada para acolher o público dos 18 aos 60 anos. Uma "lacuna social".

 

Cães e gatos

 

No mesmo pronunciamento aos presentes, Branquinho lembrou que a Prefeitura está construindo um Núcleo para acolher cães e gatos, que funcionará em área vizinha às instalações da Escola Agrícola.

 

A expectativa é de que o núcleo de acolhimento dos amigos de quatro patas seja inaugurado em setembro. "O bichinho que estiver abandonado nas ruas e praças, o cidadão pode pegar e levar para lá, porque terá para onde levar", disse Branquinho.


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