Projeto Gerações Futuras: 25 adolescentes participam da 1ª oficina de preparação contra violência sexual

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Vinte e cinco adolescentes participaram, nessa quarta-feira (19/4), da primeira oficina de preparação do segmento para enfrentar situações de violência sexual e se engajarem numa campanha preventiva que pretende envolver toda a sociedade. As outras oficinas serão nos meses de maio, junho, agosto e novembro. Essa "formação" dos adolescentes faz parte do Projeto Gerações Futuras, que está sendo desenvolvido em Unaí pelo Instituto Aliança (sediado em Salvador - BA), com apoio da Prefeitura de Unaí. O projeto é parte do Programa Raízes, da CPFL Renováveis, grupo que controla a Pequena Central Hidrelétrica Mata Velha (situada entre Unaí e Cabeceira Grande). O objetivo é capacitar a rede de proteção à criança e ao adolescente de Unaí para a prevenção e combate à violência sexual e ao uso abusivo de álcool e outras drogas.

 

A primeira oficina de preparação dos adolescentes ocorreu paralelamente à capacitação dos gestores, profissionais e conselheiros que atuam na rede de proteção à criança e ao adolescente de Unaí. De 17 a 20 de abril, esses agentes iniciaram a primeira etapa de qualificação, a fim de melhorar a articulação e a integração dos vários atores que formam a rede de proteção socioassistencial do segmento infanto-juvenil.

 

Os 25 adolescentes que participaram da primeira oficina foram indicados (pelas próprias entidades) após visitas das consultoras do Instituto Aliança às Casas Lares, Associação Mão Amiga, Cepasa, Secretaria de Desenvolvimento Social, Cras e Creas.

 

Diversos temas foram trabalhados nessas primeiras oito horas do encontro com os adolescentes: atitudes e valores, "escolhas que eu faço", mapeamento do município e outras situações. Temas recorrentes à faixa etária e que refletem a vulnerabilidade a que estão submetidos ainda serão bastante discutidos: violência, álcool e drogas, bullying, homofobia, entre outros manifestados pelos próprios jovens.

 

Para a consultora do Instituto Aliança, pedagoga Andréa Righi, que é especialista em educação sexual e intervenção socioeducativa, os adolescentes têm a percepção de que o estupro, a violência, o bullying lhes causam indignação. Mas, segundo ela, ainda não há uma cultura formada de como deve ser a ação para evitar que isso aconteça. "Precisamos orientar, engajar o adolescente, que deve pensar assim: 'eu posso fazer, não tenho de esperar que outros façam'. É esse o protagonismo que queremos criar na cabeça deles. Eles estão como vítimas, mas podem ser protagonistas".

 

E é para fazer com que os adolescentes saiam da condição de vítimas para a de protagonistas na sociedade que as várias oficinas já estão sendo marcadas. "Trabalhamos o protagonismo na cabeça dos adolescentes da seguinte maneira: você pode fazer, e não precisa esperar que outros façam por você", afirmou Andréa Righi, ao ressaltar que os adolescentes aprenderão a utilizar técnicas e estratégias para adotar na escola, na associação, na comunidade, na igreja.

 

Na manhã desta quinta-feira (20/4), as consultoras (que ministraram a oficina) apresentaram para o grupo de técnicos e conselheiros da rede de proteção o resultado desse primeiro encontro com os adolescentes. Andréa Righi observou: "A gente espera que esse grupo de profissionais (que está sendo capacitado) saia daqui com a atitude de apoiá-los (os adolescentes). Não adianta a gente querer adolescentes protagonistas, se não há um grupo de adultos que os reconhece como protagonistas. É preciso que esses jovens sejam estimulados e orientados".

 

Nas próximas oficinas de formação dos adolescentes (31 de maio, 21 de junho, 08 de agosto e 23 de novembro), serão abordados assuntos como a construção do corpo social, a sexualidade, identidades de gênero, uso abusivo de álcool e outras drogas, vulnerabilidades (será que conseguem perceber quando eles estão vulneráveis?), o Sistema de Garantia de Direitos (que os adolescentes precisam conhecer). Onde estão, para que servem e como funcionam os Cras, o Creas, a Promotoria Pública, entre outros temas fundamentais. E por último, maneiras de dar continuidade às ações que deverão ser multiplicadas na sociedade.

 

"Os adolescentes estão como vítimas, mas eles podem sair da condição de vítimas para o protagonismo na sociedade", sintetizou a consultora Andréa Righi.

 

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Consultora do Instituto Aliança apresentando ao pessoal da rede de proteção à criança e ao
adolescente impressões sobre primeiro encontro com adolescentes unaienses que estão
"em formação" 




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