“Necessidade urgente de mudanças no espaço físico e na gestão do PA e do Hospital Municipal, para garantir qualidade no atendimento” foi o foco norteador do início dos trabalhos da Administração Municipal no setor da saúde pública.

O principal gargalo considerado foi a enorme fila de espera por atendimento dentro do Pronto-Socorro (PA) do Hospital Municipal. “Tempo de espera de cinco, seis horas por atendimento, macas de pacientes em corredor. E dificuldade até dos funcionários em atender as pessoas”, afirma o secretário de Saúde, José Juliano Espíndula.

O secretário estima que, com a reforma, haverá melhoras no espaço físico e no fluxo contínuo dos pacientes dentro da unidade.

ADEQUAÇÕES NA ESTRUTURA DO PA E 10 NOVOS LEITOS

A abertura de um corredor, que era do hospital e passará para o pronto-socorro (com acesso pelo próprio PA), vai resultar na criação de seis leitos.

O setor de mamografia, por não ser procedimento de urgência, será retirado do Pronto-Socorro e levado para um ambiente ambulatorial. Serão criados mais quatro leitos.

“Então, serão dez leitos no PA, para garantir a dignidade dos pacientes que são internados por 24 horas, em observação ou aguardando internação hospitalar”, afirma o secretário.

Segundo ele, a medida corrige situações em que o paciente fica internado entre três e cinco dias no PA, aguardando vaga de leito de internação no Hospital Municipal.

AJUSTES PARA MAIS 20 LEITOS NO HMU

Para ampliar o número de leitos no Hospital Municipal, estão sendo construídos novos blocos de alojamentos (com o conforto necessário) para médicos, enfermeiros, motoristas e pessoal de apoio (guarda, maqueiro, manutenção) e liberando enfermarias que eram usadas como dormitório.

No local do alojamento dos médicos, serão liberados seis leitos. Onde fica o auditório do hospital, serão liberados outros 12 leitos. Outros leitos serão liberados onde há um escritório com arquivos do HMU.

“Quem chega para internar, terá ambiente para ficar dentro do hospital. Não precisa ficar no desconforto do pronto-socorro”, ressalta o secretário.

APOIO EM DOAÇÕES E NO VOLUNTARIADO

As reformas emergenciais do PA e do HMU estão sendo feitas basicamente com o apoio em voluntários. Coordenação da pintura, pintores, mestre de obras são todos voluntários. É muita gente chegando para ajudar. Alguns reeducandos da Paoj também estão envolvidos no trabalho.

Materiais de doação específicos estão chegando, como material elétrico, ferragens, lâmpadas, mão de obra para instalação de aparelhos de ar condicionado, entre outros.

De acordo com o secretário, serão reparos feitos com um mínimo de gasto de recursos públicos: foi usado um saldo de ata de material no valor de 12 mil reais e um saldo de mão de obra de cerca de 10 mil reais.

SERVIDORES DANDO SUGESTÕES

O secretário de Saúde reúne-se todas as manhãs com a equipe do HMU e PA, para alinhamentos. “Nós não temos dez equipes. Temos uma equipe. São os mesmos funcionários, que estamos motivando e dando liberdade de expressão, para que eles possam sugerir as melhorias. A sugestão vinda do servidor é muito importante, porque são eles que realizam o atendimento”.

DO PA PARA O PSF POLITÉCNICA

Desde essa segunda-feira, 6/1, pacientes com mal estar, dor de garganta, febre, dor no pé, ou seja, classificados nas cores azul e verde (casos pouco urgentes ou não urgentes), segundo classificação de riscos do Protocolo de Manchester, podem procurar a unidade de apoio no PSF Politécnica (diariamente das 7h às 22h), se quiserem um atendimento mais rápido (até 30 minutos).

A unidade Politécnica já está funcionando com médico, enfermeiro, medicação.
Como a prioridade no PA é o atendimento de urgência e emergência (vermelho emergência, laranja muito urgente e amarelo urgente), casos mais leves na escala de cores do protocolo de Manchester (como verde-pouco urgente e azul-não urgente), podem demorar até seis horas para serem atendidos. "Estamos explicando isso para as pessoas", alerta o secretário.